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Operação integrada interdita casa de exploração sexual no Jardim Vera Cruz – Agência de Notícias

 

Uma operação integrada, na Zona Oeste de Sorocaba, interditou uma chácara que operava como casa de prostituição, na noite de quinta-feira (16). Outros quatro estabelecimentos, também alvos de denúncias de exploração sexual, corrupção de menores, consumo de drogas, funcionamento irregular e perturbação do sossego, também foram fiscalizados, dos quais um foi multado e outro autuado. O resultado da ação foi apresentado à imprensa nesta sexta-feira (17), durante entrevista coletiva na Delegacia Secional de Polícia.

 
 
   

A operação foi realizada em conjunto pela Polícia Civil, Polícia Militar (PM), Secretaria de Segurança Urbana (Sesu) e Setor de Fiscalização de Posturas da Secretaria de Urbanismo e Licenciamento (Seurb) da Prefeitura de Sorocaba, Guarda Civil Municipal (GCM) e agentes da Vigilância Sanitária (Visa) e de Zoonoses, ligados à Secretaria da Saúde (SES) da Prefeitura.

Logo no primeiro endereço fiscalizado, no Jardim Vera Cruz, as autoridades constataram que o imóvel funcionava como casa de prostituição. Havia dois clientes e três mulheres, com idades entre 20 e 28 anos, que confirmaram a suspeita. Comandas de consumo, com a inscrição do nome de cada mulher que fazia programas, com a dedução das despesas, bem como um caderno com anotações de movimentações de uso dos quartos e um telefone celular foram apreendidos, assim como caixas de preservativos e lubrificantes íntimos.

A Seurb emitiu notificação e multa por falta de alvará e interditou o local, por desvio de finalidade, uma vez que foi confirmada a prática de exploração sexual naquele imóvel. A secretária municipal da pasta, Cilene Chabuh Bordezan, participou da ação, junto do secretário da Sesu, Alexandre Caixeiro. Na ocasião, também foram identificadas irregularidades por parte da Visa nesse imóvel.

Um homem de 40 anos de idade, responsável pelo estabelecimento, foi conduzido à Delegacia de Defesa da Mulher (DDM). “Ele acabou indiciado e, nesta sexta-feira, já teve sua prisão em flagrante convertida em preventiva, por manter local destinado à prostituição. Se condenado, a pena é de até cinco anos de reclusão”, explicou a delegada Alessandra Reis Silveira, da DDM, durante a coletiva, acompanhada do delegado Seccional de Sorocaba, José Humberto Urban Filho.

Durante as buscas na casa de prostituição, a polícia localizou, com uma das mulheres, uma porção de maconha, para consumo próprio. Ela foi autuada por porte e terá que se apresentar à Justiça quando solicitado. No imóvel havia, inclusive, quartos com beliches, o que demonstrava que as mulheres eram acolhidas naquela casa, recebendo estadia e alimentação, vivendo em situação de vulnerabilidade.

A operação teve sequência no Jardim Zulmira, onde mais três pontos foram visitados. Uma lanchonete foi notificada, por obstrução de calçada e uma adega multada, por atividade geradora de poluição sonora. O endereço onde funcionava uma Casa de Swing também recebeu nova fiscalização e permanecia fechado. No dia 18 de fevereiro, a Prefeitura já havia interditado esse estabelecimento, que operava clandestinamente. A última parada foi em um restaurante na Vila Augusta, que opera apenas com entregas, que não apresentou irregularidades no momento da fiscalização.

“Vale ressaltar que, em menos de um mês, é a terceira casa de exploração sexual interditada pelo Poder Público em Sorocaba, pois, no dia 18, além dessa no Jardim Zulmira, também foi lacrada uma na região central da cidade”, lembrou o secretário da Sesu.

A PM, representada na entrevista coletiva pelo Capitão Wey, do 7º Batalhão de Polícia Militar do Interior, destacou que, durante a operação integrada, foram realizadas 16 abordagens de suspeitos, duas vistorias em veículos e cinco em motos, que resultaram na apreensão de uma motocicleta e duas autuações de trânsito emitidas.

“Ações conjuntas, como essa, envolvendo diferentes autoridades, já são regra na cidade. Estão ocorrendo semanalmente e assim vão continuar, seja para coibir delitos ou irregularidades. O objetivo é agir preventivamente. Paralelamente, a Polícia Civil dá sequência às investigações quanto a tudo o que foi identificado nessas operações”, complementou o delegado Seccional.

A população também pode colaborar sempre com o trabalho das forças de segurança pública, em caso de constatação de perturbação do sossego, eventos clandestinos ou outros tipos de irregularidades ou, ainda, suspeita de crimes. O contato pode ser feito pelos telefones: 153 (GCM) e 190 (Polícia Militar) e 181 (Disque-denúncia).