Na noite do último sábado (25), o Atlântico protagonizou uma das viradas mais emocionantes da história da Copa do Brasil de Futsal. Em um jogo eletrizante contra o Magnus, o goleiro Ale Falcone viveu uma montanha-russa de emoções: começou como vilão, mas terminou como herói absoluto da conquista do bicampeonato.
O início da partida foi turbulento para o arqueiro do Galo. Em menos de dez minutos, o Magnus abriu 2 a 0 no placar, aproveitando duas falhas de Falcone que geraram apreensão entre os torcedores erechinenses. A pressão aumentava, e o título parecia que seria decidido na prorrogação.
— Errei nos dois primeiros gols, não tem como negar. Mas sabia que ainda dava tempo de mudar a história. Me concentrei no intervalo, e todo grupo acreditou e apostou em mim — ressaltou o goleiro.
O segundo tempo trouxe uma reviravolta. Com uma postura completamente diferente, Falcone se agigantou debaixo das traves. Defesas espetaculares, intervenções precisas e uma postura de liderança contagiaram o time, que passou a dominar as ações em quadra.
O ápice da redenção veio na reta final, quando o Magnus, em busca do empate para levar o jogo à prorrogação, apostou no goleiro-linha. A estratégia, porém, teve efeito contrário. Ale Falcone, atento à movimentação adversária, interceptou a jogada e lançou direto para o gol vazio, ampliando o placar para 4 a 2.
O lance incendiou a Arena Sorocaba e consolidou a virada do Atlântico, que ainda marcaria mais uma vez antes do fim, fechando o placar em 5 a 3 e garantindo o bicampeonato da Copa do Brasil de Futsal.
— Foi um jogo de resiliência. Comecei mal, mas sabia que não podia deixar essa situação me abalar e dominar. A virada foi construída com a entrega de todo o grupo, que fez um segundo tempo brilhante. Esse título teve um sabor especial justamente por isso. Errei, sim, mas nunca deixei de acreditar — disse Ale Falcone.
Decisivo
Essa não foi a primeira vez que Ale Falcone brilhou em uma decisão. Na final da Liga Nacional de Futsal de 2023, ele entrou no lugar de João Paulo e fez defesas decisivas que garantiram o título inédito ao Atlântico. Já em 2024, voltou a ser protagonista: marcou o gol da virada na primeira partida da final da Copa do Brasil contra o Fortaleza, restando apenas três segundos para o fim do jogo.
— São momentos que marcam a carreira. Estar presente e ser decisivo em três finais seguidas mostra o quanto o nosso grupo trabalha e se dedica para chegar em decisões. Vamos seguir batalhando por coisas maiores nesta temporada — concluiu Falcone.
Agora, o Atlântico segue firme na disputa da Liga Nacional de Futsal (LNF), do Gauchão e da Série Ouro, competições nas quais também busca o troféu.

