NOTÍCIAS

Prefeitura do Rio expande CIVITAS, que terá 20 mil câmeras até 2028 – Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro

A Civitas tem como objetivo apoiar as forças de segurança estaduais e os órgãos municipais – Beth Santos/Prefeitura do Rio

A Prefeitura do Rio anunciou, nesta quinta-feira (10/07), a expansão da CIVITAS (Central de Inteligência, Vigilância e Tecnologia em Apoio à Segurança Pública). A cidade terá 20 mil câmeras inteligentes até 2028. Com isso, a central será o maior sistema tecnológico urbano de vigilância do país. O projeto de expansão leva em conta critérios técnicos definidos em parceria com as forças de segurança: áreas com alta demanda de reforço policial, manchas criminais e zonas com vulnerabilidade tecnológica.

— Isso é gestão, ciência e tecnologia aplicadas ao enfrentamento do crime. É fundamental destacar essa primeira palavra: gestão. Sem planejamento, foco e clareza de objetivos, é impossível combater a criminalidade. Com essas medidas, vamos implementar, no Rio, o maior centro de inteligência, vigilância e tecnologia no combate à criminalidade em todo o Brasil — declarou o prefeito Eduardo Paes.

Além do aumento da cobertura, a cidade contará com “Fronteiras Digitais”, que vão tornar impossível entrar e sair da cidade sem ser detectado. Serão, ao todo, 56 portais de controle urbano mais rigorosos, em áreas estratégicas e nos limites da cidade, que possibilitam identificar automaticamente placas investigadas clonadas, movimentações atípicas de carros e pessoas e movimentação de veículos suspeitos em tempo real. O monitoramento é orientado por padrões e comportamentos, utilizando inteligência artificial para cruzar dados em tempo real.

 
 
   

— Todos os pontos cegos e as vias de grande circulação da cidade terão cobertura. As câmeras contarão com reconhecimento facial, identificação de veículos e outras funcionalidades que tornarão o trabalho da CIVITAS não apenas de apoio às forças de segurança, mas também de prevenção com uma atuação muito mais efetiva — ressaltou Paes.

No centro do novo sistema está a inteligência artificial IRIS. É uma ferramenta nova, desenvolvida pela Prefeitura do Rio, que irá cruzar informações de diferentes bases, detectar atitudes suspeitas, reconhecer rostos, gerar mapas de calor e agilizar investigações complexas em apenas 10 segundos. A IRIS fará conexões e cruzamentos de dados complexos, de forma personalizada, em um clique. O sistema analisa os dados de câmeras inteligentes e entrega os padrões, as semelhanças e as diferenças de cada uma das imagens investigadas.

— Com o uso de inteligência artificial, modelos matemáticos e um sistema integrado, vamos agilizar a capacidade da CIVITAS. Será possível realizar o trabalho de apoio às forças de segurança de forma muito mais rápida e eficiente. — afirmou o vice-prefeito Eduardo Cavaliere.

A IRIS permite antecipar possíveis situações de risco com base em padrões anteriores. Ela possibilita identificar quando e onde um tipo de crime tem mais chance de acontecer, cruzando informações como horário, localização, tipo de ocorrência e comportamento dos envolvidos. É um sistema de análise preditiva que permite definir o reforço de segurança de regiões específicas. Ou seja, em vez de apenas reagir, a cidade passa a agir, pensar e planejar, com base em dados concretos e inteligência artificial.

A IRIS também faz uso de tecnologias como visão computacional e mapas de calor. A visão computacional permite que o sistema “enxergue” mais do que imagens. Reconhece comportamentos suspeitos, identifica rostos, lê placas mesmo com caracteres incompletos e detecta aglomerações ou movimentos incomuns. Já os mapas de calor organizam visualmente os dados coletados, mostrando em tempo real as áreas com maior concentração de ocorrências, pessoas suspeitas ou padrões de risco, funcionando como um radar urbano de atenção.

Por trás dessa tecnologia está a ciência aplicada. Com uma equipe multidisciplinar formada por matemáticos, físicos e geógrafos, a CIVITAS opera com base em dados de fontes diversas como: Disque Denúncia, Central 1746, Instituto Fogo Cruzado, datalake municipal com dados de 20 secretarias, câmeras inteligentes e redes, para desenvolver um gama de funcionalidades que trabalham à favor da segurança pública.

— O que fazemos aqui é transformar dados em ação. A CIVITAS é uma estrutura pensada para apoiar, com precisão e agilidade, às decisões de segurança pública em todos os níveis. Entramos agora em uma etapa ainda mais robusta, com mais tecnologia, mais inteligência e maior integração. A CIVITAS é dados, inteligência e tecnologia a serviço do carioca — afirmou Davi Carreiro, chefe executivo da CIVITAS.

A nova Sala de Situação da CIVITAS será maior e mais moderna. A central continuará no Centro de Operações e Resiliência (COR), mas utilizará a sala que foi construída especialmente para a cidade receber os eventos do G20 – o grupo das principais economias do mundo – no ano passado.

Desde sua criação, em junho de 2024, a CIVITAS atua de forma integrada com as forças de segurança, Justiça e órgãos operacionais municipais, estaduais e federais. Com um ecossistema robusto de dados, a central é capaz de rastrear veículos suspeitos, detectar padrões de circulação, desvendar placas com caracteres faltando ou alterados e cruzar conexões entre ocorrências aparentemente distintas.

A CIVITAS é excelência no apoio à segurança pública, com tecnologia e análise em tempo real.

CIVITAS em números (julho de 2025):
– 160 mil alertas emitidos em tempo real
– 6,1 milhões de leituras diárias de placas
– Mais de 2 mil inquéritos, casos e apoio a operações
– 20 secretarias com dados no Data Lake

Categoria:

  • 10 de julho de 2025
  • Marcações: Câmaras Civitas criminalidade Polícia Civil polícia militar rio de janeiro segurança pública