Mauá

STJ inaugura novo espaço para o Laboratório de Preservação e Restauro

Em cerimônia realizada na tarde desta terça-feira (17), o Superior Tribunal de Justiça (STJ) inaugurou as novas instalações do Laboratório de Preservação e Restauro (Lapre), o qual passa a contar com um amplo espaço no edifício anexo do STJ, localizado próximo ao Palácio do Buriti (sede do governo do Distrito Federal).

Para o presidente do STJ, ministro Herman Benjamin, as novas instalações refletem o compromisso da gestão com a preservação da memória institucional. “O que estamos fazendo hoje é muito importante para o STJ e para o Brasil. Nós, como sociedade, mal enxergamos o presente. É preciso cada vez mais valorizar livros e documentos”, afirmou.​​​​​​​​​

 
 
   
O ministro Herman Benjamin discursou na inauguração do novo espaço.

O ministro parafraseou o historiador francês Jacques Le Goff ao falar da memória como um instrumento ativo na construção da história, destacando que ela deve ser guardada para salvar o passado e para que possamos servir ao presente e ao futuro.

No trecho citado pelo ministro, do livro História e Memória, Le Goff argumenta que a memória coletiva não é apenas um registro passivo do passado, mas um processo dinâmico que molda identidades e orienta ações no presente e no futuro.

A maior biblioteca jurídica do Brasil

Em seu discurso, Herman Benjamin comentou que o meticuloso trabalho executado pelo Lapre (antes em um cubículo dentro da Biblioteca Ministro Oscar Saraiva, agora em um amplo espaço) não é conhecido pela maioria dos ministros e dos servidores do tribunal. “Eu, por exemplo, não tinha noção da grandeza do trabalho realizado no Lapre. É uma atividade que dá orgulho a todos nós”, declarou.​​​​​​​​​

A cerimônia reuniu gestores e servidores do STJ.

Ao falar sobre a atividade, o ministro destacou outro motivo de orgulho para ministros e servidores: o STJ tem a maior biblioteca jurídica do Brasil, referência para diversas outras.

O diretor-geral do tribunal, Sergio Americo Pedreira, disse que o Lapre ocupa um papel estratégico, consolidando um elo entre passado, presente e futuro. Ele ressaltou o empenho da administração em dar ao setor as condições ideais para a realização desse trabalho.​​​​​​​​​

Dirigentes da corte conheceram em detalhes o trabalho do Lapre.

“O novo espaço ampliará a capacidade de atendimento e de preservação da história do tribunal. O novo edifício abriga também o arquivo do STJ, e é importante ressaltar que arquivo, biblioteca e museu formam um conjunto de equipamentos culturais irmãos, com a mesma missão de preservar a memória institucional”, afirmou o diretor-geral.

Pedreira mencionou três pontos que, segundo ele, demonstram o compromisso da atual gestão da corte com a preservação da memória: a ampliação da estrutura física do Lapre, a reformulação da estrutura orgânica da biblioteca e a aposta na formação continuada dos servidores.

A cerimônia contou com a presença do secretário-geral da Presidência, Carl Smith, do secretário de Gestão da Informação Bibliográfica, Cristian Brayner, e de diversos gestores e servidores do tribunal.