Nos municípios de Jequitinhonha, Malacacheta, Novo Cruzeiro e Teófilo Otoni, da região Nordeste de Minas Gerais, as unidades prisionais têm proporcionado benefícios às comunidades locais ao desenvolverem iniciativas de ressocialização voltadas para o emprego da mão de obra dos presos em diferentes frentes de trabalho.
As quatro unidades prisionais, que integram a 15ª Região Integrada de Segurança Pública (Risp), oferecem aos presos a chance de adquirirem conhecimentos ligados à construção civil, ao cultivo de alimentos e à fabricação de produtos artesanais, para que estejam aptos a trabalhar e prover o próprio sustento, ao saírem da prisão.
As Risp’s são compostas pelo Comando Regional da Polícia Militar, Departamento de Polícia Civil, Unidade do Corpo de Bombeiros Militar e Diretoria Regional do Departamento Penitenciário.
Em Jequitinhonha, os detentos realizaram, recentemente, a revitalização da pintura da fachada e do portão da unidade prisional. O presídio mantém uma parceria com a prefeitura local e utiliza a mão de obra carcerária também no cultivo de hortaliças, que são destinadas ao Hospital São Miguel, parceiro da instituição. E na fábrica de blocos, que encaminha seus produtos para as obras realizadas no município.
Brinquedos e horta
Na cidade de Malacacheta, os presos estão trabalhando na construção do novo Centro de Identificação da Polícia Civil e do prédio onde será instalado um polo de produção de fraldas do programa ‘Liberdade em Ciclos’.
O presídio também conta com um polo do projeto ‘Fábrica da Alegria’, onde os presos trabalham na construção de brinquedos para crianças carentes.
Em Novo Cruzeiro, seis presos trabalham no plantio de vegetais e legumes, que são doados para o Hospital Municipal São Bento. É cultivada uma grande variedade de produtos, como alface, beterraba, cenoura, coentro, couve, quiabo e taioba. Em breve a horta será ampliada, o que permitirá incluir mais quatro detentos na equipe.
Dentre as 14 unidades que compõem a 15ª RISP, a Penitenciária de Teófilo Otoni se destaca, mantendo um total de 96 detentos trabalhando em diferentes projetos realizados pela instituição.
Há detentos atuando na horta da unidade prisional, responsável por uma produção semanal de até 300 quilos de alimentos, que são doados a 11 entidades do município. Trabalham também na fábrica de absorventes do programa ‘Liberdade em Ciclos’.
Para o secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública, Rogério Greco, a ressocialização dos presos por meio do trabalho faz toda a diferença, especialmente no momento em que eles encerram o cumprimento da pena.
“Nosso empenho é para que os egressos deixem no passado a vida no crime. Buscamos fazer com que sua inserção no mercado de trabalho se torne o principal incentivo para que não haja a reincidência em atividades ilícitas”, destaca.