Uma emocionante celebração na Escola Estadual Sebastião Patrus de Sousa, em Juiz de Fora, foi marcada com o lançamento do documentário e da exposição fotográfica do Projeto Moradores Educação, na terça-feira (13/5). A iniciativa, parceria do Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE/MG), com o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), resgata histórias de estudantes, ex-alunos, professores e moradores ligados à tradicional instituição.
A chefe de gabinete da SEE/MG, Ana Costa, destacou o poder das memórias afetivas para fortalecer o sentimento de pertencimento na comunidade escolar.
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O evento, aberto ao público na quadra da escola, proporcionou a exibição do documentário, revelando narrativas emocionantes de pessoas que construíram e continuam a construir o legado afetivo da instituição. Os participantes do projeto receberam suas fotografias, que compuseram um sensível “varal fotográfico”.
O Projeto Moradores Educação, que já passou por Belo Horizonte, seguirá por mais seis escolas estaduais até 2026, nas cidades de Poços de Caldas, Uberaba, Governador Valadares, Januária, São João das Missões e Teófilo Otoni, amplificando as vozes e histórias que emanam das escolas da rede estadual.
Resgate de memórias
Com o objetivo de resgatar e registrar as memórias afetivas das comunidades escolares, o projeto transforma as escolas em espaços de valorização da identidade cultural e do sentimento de pertencimento.
Cerca de 115 “moradores” – entre estudantes, ex-alunos, professores e funcionários – compartilharam suas vivências, criando um mosaico de afetividade pela instituição.
A partir dessa documentação foram produzidos a exposição fotográfica e o filme documentário, que pode ser visto neste link.
A promotora do Ministério Público e coordenadora do Caoeduc, Giselle Ribeiro de Oliveira, destacou o alcance do projeto. “O Ministério Público almeja que esta iniciativa seja o início de uma crescente aproximação entre a comunidade e a escola, fortalecendo o papel central da instituição na vida da cidade e de seus moradores”, afirmou.
Para Daniel Nunes, estudante do 3º ano do ensino médio, participar da construção da memória viva da escola é motivo de grande orgulho. “Nunca imaginei que minha história seria contada. Fiquei muito feliz em compartilhar minhas experiências e conhecer as de outras pessoas que passaram por aqui”, expressou o estudante, um dos protagonistas das memórias da carinhosamente chamada “Estadual”.
A emoção também tomou conta de Antuérpia da Silva Gomes, auxiliar de serviços da escola, ao ver sua trajetória retratada. “Tenho um amor imenso pelo Patrus. Meus filhos, meus irmãos e meu marido estudaram aqui. Sou como uma mãe para os alunos. Participar deste projeto é uma felicidade indescritível”, agradeceu a servidora.
Das oficinas à tela
Antes de se tornar cenário dessa exposição e exibição cinematográfica, a escola abriu suas portas para uma oficina cultural. Estudantes da instituição tiveram a oportunidade de mergulhar no universo da fotografia, filmagem e documentação de histórias.
Estimulados a refletir sobre o papel da escola em suas vidas e a explorar o conceito de memória, os jovens colocaram a “mão na massa” e produziram conteúdo visual que culminou na série de ensaios “Escolas, Memórias e Pertencimento”, compartilhada no perfil no Instagram @projetomoradores.
Legado preservado
O Projeto Moradores Educação é uma iniciativa da NITRO Histórias Visuais, derivado do Projeto Moradores – A Humanidade do Patrimônio. Esta segunda etapa é realizada pelo Centro de Intercâmbio e Referência Cultural (CIRC), com a parceria da SEE/MG, o apoio do Ministério Público de Minas Gerais e o financiamento de recursos de medidas compensatórias, através da Plataforma Semente.