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Com avanço de casos doenças respiratórias, COE reforça cuidados com as crianças menores de um ano – CGNotícias

Com o aumento expressivo de casos de doenças respiratórias e a aproximação do período mais frio do ano, a Secretaria Municipal de Saúde (SESAU) de Campo Grande realizou nesta quarta-feira (23) mais uma reunião do Centro de Operações de Emergências (COE), que monitora e define estratégias frente ao avanço dessas doenças na Capital.

Dados recentes apontam que as crianças, especialmente as menores de um ano, têm sido as mais afetadas. Entre os 971 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) notificados desde o início do ano, 486 foram confirmados e 66 evoluíram para óbito. Dentre os vírus mais presentes estão o Influenza A, Rinovírus e o Vírus Sincicial Respiratório (VSR) — este último comumente associado a quadros graves em crianças menores de seis meses.

 
 
   

“A gente tem observado um aumento expressivo dos casos, principalmente entre as crianças pequenas. O VSR e a Influenza A estão se mostrando mais agressivos, com quadros que exigem internação prolongada e, infelizmente, em alguns casos, evoluem para óbito”, destaca a secretária municipal de Saúde, Rosana Leite.

A maior preocupação da SESAU são os bebês com menos de seis meses, que ainda não desenvolveram imunidade suficiente para se proteger contra esses vírus. Por isso, o cuidado precisa ser redobrado. A recomendação é que esses pequenos não sejam expostos a ambientes com aglomeração e evitem o contato com pessoas com sintomas gripais. “Esses bebês são muito frágeis. Toda criança a partir dos seis meses já pode e deve ser vacinada contra a Influenza. É uma forma segura e eficaz de prevenção”, reforça Rosana.

Ações emergenciais já em andamento

Diante da gravidade do cenário, o COE antecipou a campanha de vacinação contra a Influenza. A força-tarefa envolve 74 unidades de saúde da família, equipes itinerantes com vacinação em shoppings aos fins de semana e ações em domicílio para pessoas acamadas e moradores de instituições de longa permanência.

Além da vacinação, a estrutura hospitalar também está sendo reforçada. “Estamos enfrentando escassez de leitos crônicos e a ausência de leitos de terapia intensiva pediátrica em algumas unidades. Nossas UPAs estão funcionando como verdadeiros mini-hospitais, com toda a estrutura necessária. Já nesta semana, vamos ampliar o quadro com a contratação de novos profissionais médicos para a rede de saúde”, informa a secretária.

A Sesau ainda destaca que além do atendimento presencial nas unidades de saúde, a população de Campo Grande também pode contar com o serviço de telemedicina, por meio do número 2020-2170. O canal oferece orientações médicas à distância, especialmente para dúvidas relacionadas a sintomas gripais e à Covid-19, facilitando o acesso à informação e ajudando a evitar a superlotação nas unidades.

Paralelamente, os profissionais da saúde seguem sendo capacitados pelas áreas técnicas da Secretaria Municipal de Saúde para o manejo adequado dos casos respiratórios, garantindo um atendimento cada vez mais qualificado e seguro à população.

Quem pode se vacinar?

A vacinação está, neste momento, disponível para os grupos prioritários definidos pelo Ministério da Saúde:

• Crianças de 6 meses a menores de 6 anos
• Gestantes e puérperas
• Idosos com 60 anos ou mais
• Pessoas com comorbidades (sem necessidade de laudo médico)
• Trabalhadores da saúde e da educação
• Povos indígenas e comunidades quilombolas
• Forças de segurança, Forças Armadas e Correios
• Caminhoneiros, motoristas de transporte coletivo e portuários
• Pessoas em situação de rua
• População privada de liberdade, funcionários do sistema prisional e jovens em medidas socioeducativas

Dia D da vacinação: 10 de maio

O próximo grande passo será o “Dia D” da campanha, marcado para 10 de maio, quando toda a rede municipal de saúde estará mobilizada para ampliar a cobertura vacinal e atingir a meta de 90% de imunização entre o público-alvo.

Prevenção começa em casa

Além da vacinação, atitudes simples continuam sendo fundamentais para conter a propagação dos vírus respiratórios:
Lavar as mãos com frequência;
Usar máscara ao apresentar sintomas gripais;
Evitar aglomerações.
E ficar atento aos sinais de alerta, como febre persistente e dificuldade para respirar.

#ParaTodosVerem A imagem de capa mostra a reunião.