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Licenciatura em Educação de Campo inicia segundo quadrimestre – Prefeitura Municipal de Ubatuba

O curso de Licenciatura em Educação de Campo, realizado pela UFABC no Quilombo Caçandoca, dará início ao segundo quadrimestre com um evento de acolhimento reflexivo e cultural nesta segunda-feira, 3.

A programação da aula terá em sua programação um lanche coletivo, falas institucionais, apresentação dos professores e uma manifestação cultural tradicional da região. Ao final, está prevista uma aula magna seguida de debate, marcando o início das atividades acadêmicas do ano.

 
 
   

Para a coordenadora do Parfor Equidade, Suze Piza, este momento é fundamental para fortalecer a base do curso e preparar os estudantes para os desafios do novo ciclo.

“Neste ano, fortaleceremos a construção coletiva do projeto pedagógico. O acolhimento no início do ano é o momento de planejar, construir e organizar as atividades que virão”, destacou Suze.

A formação segue com 70 estudantes, entre quilombolas, indígenas, caiçaras e docentes da rede pública de ensino.  O curso formará professores para atuar nos anos finais do Ensino Fundamental e Ensino Médio, habilitando para lecionar as seguintes disciplinas: História, Geografia, Filosofia e Sociologia.

A Licenciatura em Educação do Campo é modalidade com pedagogia da alternância e com vários tempos: Tempo Comunidade Teórico (presencial no Quilombo da Caçandoca), Tempo Universidade (seminários nas universidades parceiras e na UFABC), Tempo de Interação Artístico Cultural (professores visitam as comunidades) e Tempo Comunidade Prático (aos sábados).

Ainda segundo Suze, o currículo do curso é voltado à valorização dos territórios e saberes das comunidades tradicionais, com uma proposta de formação de educadores comprometidos com a transformação social e a equidade na educação.

“É importante valorizar o protagonismo de Ubatuba, que foi escolhida para sediar o projeto por conta dessa ocupação dos quilombolas, há mais de 150 anos, e o diálogo que eles mantêm junto ao fórum das comunidades tradicionais. Essas práticas de educação diferenciada são necessárias e devem ser fortalecidas cada vez mais”, comentou o secretário de Educação, José Carlos Firme.

“Oferecer cursos de formação que levam em consideração as necessidades e especificidades das comunidades tradicionais são uma forma de preservar e valorizar sua cultura, conhecimentos e práticas tradicionais. Para nós, esse reconhecimento é fundamental”, finalizou a prefeita Flavia Pascoal.