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Primeiro LIRAa de 2025 revela índice de 0,74% de infestação do Aedes – Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro

A Secretaria Municipal de Saúde do Rio (SMS) realizou, entre os dias 06 e 10 de janeiro, o primeiro Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa) de 2025. A ação visa produzir informações sobre o vetor das arboviroses pela identificação, coleta e análise de larvas e pupas de Aedes aegypti. Mais de 2 mil agentes de vigilância em saúde vistoriaram mais de 100 mil imóveis para coletar as amostras, que foram enviadas para o laboratório de entomologia. Foi constatado uma melhora no índice, que passou de 0,79 no mesmo período em 2024 para 0,74, em 2025. Este resultado é positivo, indicando uma redução em comparação com o verão anterior.

O LIRAa é um método de amostragem realizado em todos os municípios brasileiros. É uma importante ferramenta para mapear as regiões da cidade onde o Aedes aegypti está presente, traçando assim as estratégias para controle do vetor. O município é dividido em estratos com 8,2 mil a 12 mil imóveis com características semelhantes e, em cada um desses recortes, 20% dos imóveis são visitados pelos agentes de vigilância ambiental, para verificar se existem focos de larvas do mosquito e quais os tipos de depósitos mais utilizados pelo Aedes aegypti para reprodução.

 
 
   

Ao todo, 102.316 mil imóveis passaram por inspeção em toda a cidade. Dos 247 estratos trabalhados, mais da metade (178) estavam com o Índice de Infestação Predial – IIP “satisfatório” (menor que 1%); 64 na faixa de “alerta” (de 1% a 3,9% ); e apenas 5 na classificação de “risco” (infestação acima de 3,9%). Três áreas da cidade, com bairros que abrangem a região Central e a Zona Oeste apresentaram situação de alerta.

– Quatro vezes por ano, os agentes de saúde fazem o LIRAa para verificar o índice de infestação do Aedes aegypti. O objetivo desse monitoramento é identificar as áreas de maior circulação do mosquito e os tipos de depósitos mais comuns, permitindo uma abordagem mais eficaz para o controle da infestação. Com isso, é possível direcionar as informações de prevenção e alertar a população sobre onde está o foco de água parada, que é mais perigoso e tem maior risco de proliferação dos mosquitos – informa o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz.

Durante a realização do levantamento, são analisados os tipos de depósitos e criadouros utilizados por esse vetor para a reprodução. A partir dessa informação, pode-se melhor direcionar a comunicação de risco e as ações preventivas. O conhecimento desses indicadores permite o direcionamento das ações para as áreas apontadas como críticas possibilitando, assim, um melhor aproveitamento dos recursos humanos e materiais disponíveis.

Os focos mais predominantes (29,8%) foram encontrados em depósitos móveis como vasos/frascos com plantas, pingadeiras, recipientes de degelo de geladeiras, bebedouros, pequenas fontes ornamentais, materiais em depósitos de construções e objetos religiosos. A orientação para evitar a proliferação de mosquitos nesse tipo de recipiente é realizar a limpeza semanal com bucha ou esponja esfregando as paredes do recipiente pelo menos uma vez por semana. Outro tipo de depósito também se destacou, os ralos, cujos cuidados recomendados são a limpeza semanal, a vedação ou telagem.

– É essencial que todos se engajem na luta contra a dengue. Embora tenhamos registrado uma melhora em relação ao ano passado, ainda existem áreas da cidade que requerem atenção especial. A SMS segue com um plano de combate ativo contra à dengue, mas é importante destacar que ainda há regiões que estão nas faixas de alerta e risco. Diante disso, eu faço um apelo à população carioca para que continue tomando todos os cuidados necessários para prevenção contra o mosquito Aedes aegypti. E também volto a convocar pais e responsáveis a levarem seus filhos de 10 a 14 anos às unidades de saúde para se vacinarem contra a dengue – reforça o secretário Daniel Soranz.

Em 2024, o município do Rio de Janeiro enfrentou uma epidemia de dengue, com o registro de 111.000 casos da doença, o maior número registrado nos últimos dez anos. A taxa de incidência foi de 1.756,21 casos a cada 100 mil habitantes. Além disso, a cidade apresentou uma taxa de letalidade de 0,02%, com 21 óbitos confirmados.

No ano passado, foram aplicadas 155.756 doses da primeira etapa da vacina contra a dengue e 55.235 doses da segunda etapa. O imunizante está disponível em todas as 239 unidades de Atenção Primária da cidade, além do Super Centro Carioca de Vacinação, em Botafogo, que funciona todos os dias, das 8h às 22h; e o Super Centro Carioca de Vacinação, unidade Campo Grande, localizado no ParkShoppingCampoGrande, que também fica aberto de domingo a domingo, de acordo com o horário de funcionamento do centro comercial.

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  • 27 de janeiro de 2025
  • Marcações: dengue focos LIRAa Prefeitura do Rio saúde SMS