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Paraíba tem aumento de 100% nos casos de dengue em 2024

Casos de dengue disparam na Paraíba e representam 89% das arboviroses em 2024.. Divulgação

Os casos de dengue na Paraíba dispararam em 2024, segundo dados divulgados pela Secretaria de Estado da Saúde (SES). Entre janeiro e 28 de dezembro, foram registrados 14.789 casos prováveis da doença, correspondendo a 89,11% do total de arboviroses no estado. Esse índice revela um aumento de aproximadamente 100% em comparação com o mesmo período de 2023, quando haviam sido registrados 7.208 casos.

Outras arboviroses, como chikungunya e zika, também apresentaram números relevantes. No mesmo período, foram notificados 1.711 casos de chikungunya, equivalente a 10,31% do total, e 97 casos de zika, que correspondem a 0,58%.

 
 
   

Regiões mais atingidas e perfil das vítimas

A dengue resultou em 11 óbitos confirmados em 2024, registrados em nove municípios:

  • Cabedelo (1)
  • Camalaú (1)
  • Campina Grande (2)
  • Catolé do Rocha (1)
  • Conde (1)
  • João Pessoa (2)
  • Lucena (1)
  • Massaranduba (1)
  • São João do Rio do Peixe (1)

Além disso, quatro mortes permanecem sob investigação nas cidades de Bananeiras, Itabaiana, João Pessoa e Monteiro.

As regiões mais afetadas no estado incluem João Pessoa, Sousa e Princesa Isabel, que apresentaram a maior incidência de casos, resultando em uma taxa de 364,27 casos por 100 mil habitantes. A faixa etária de maior risco foi a de jovens entre 20 e 29 anos, representando 22,94% dos registros.

Outras arboviroses em destaque

Embora a dengue concentre a maioria dos casos, outras doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti também exigem atenção. A chikungunya teve um aumento de 18% em relação ao ano anterior, com casos subindo de 1.449 para 1.711. Esta arbovirose foi responsável por cinco óbitos em 2024, ocorridos em Sapé, João Pessoa, Campina Grande, Pirpirituba e Monteiro.

Já os casos de zika registraram uma queda de 18%, passando de 118 em 2023 para 97 no último ano. Até o momento, não houve mortes associadas a essa doença.

Além disso, a febre oropouche, transmitida pelo mosquito popularmente conhecido como “maruim”, vem despertando preocupação. Foram confirmados sete casos no estado, com registros em Alagoa Nova (4), Campina Grande (2) e João Pessoa (1).

Estratégias para combate às arboviroses

Diante do aumento expressivo de casos, a SES tem intensificado as ações de combate e prevenção às arboviroses. Entre as principais iniciativas estão a capacitação de agentes de endemias por meio de oficinas e treinamentos, aplicação de inseticidas em áreas estratégicas e a realização de campanhas educativas para sensibilizar a população.

A técnica da SES responsável pelas arboviroses, Carla Jaciara, destacou o papel fundamental da população no controle das doenças. “Os cuidados precisam ser mantidos, e a população deve estar atenta e atuante em sua residência e comunidade, seja evitando o acúmulo de água parada, seja acionando os órgãos competentes para inspecionar locais que possam abrigar focos do mosquito”, explicou.

Adicionalmente, foram realizados “Dias D” de vacinação e ações de orientação voltadas para prevenir e combater a disseminação do Aedes aegypti. Essas medidas reforçam a necessidade de uma mobilização conjunta entre governo e sociedade para enfrentar o problema.