O acidente envolvendo Amanda dos Santos Barbosa, de 24 anos, na segunda-feira (18), quando perdeu o equilíbrio e caiu do carro em que estava ao lado de outras amigas. Ela chegou a ser socorrida e levada para o Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa, mas morreu na unidade hospitalar.
As pessoas que estavam no carro começaram a ser ouvidas e o Jornal da Paraíba preparou uma reportagem explicando o que se sabe sobre esse acidente.
Como aconteceu o acidente?
Um vídeo de câmera de segurança registrou o momento em que Amanda dos Santos Barbosa e outras pessoas estavam em um carro branco em movimento. Amanda estava sobre o veículo, enquanto uma pessoa estava sentada na janela lateral e outras duas no teto solar. Durante o trajeto, a jovem perdeu o equilíbrio e caiu na pista, nas proximidades de uma boate.
Enquanto Amanda estava caída no chão, um carro branco que seguia paralelo ao veículo parou e encostou. Testemunhas garantiram que este carro não teve envolvimento no atropelamento.
Poucos segundos depois, um carro de luxo preto, que aguardava no cruzamento próximo, avançou e atropelou a jovem. A motorista do veículo já foi identificada e será ouvida pela Polícia Civil para esclarecer quem dirigia o carro no momento do atropelamento.
Por que Amanda estava sentada na janela do carro?
De acordo com depoimentos colhidos pela polícia, Amanda e suas amigas teriam consumido bebidas alcoólicas. A dona do carro, Thaisa Figueiredo, chamou um homem para conduzir o veículo, já que planejava consumir álcool. Segundo o delegado responsável pelo caso, o motorista estava sóbrio, mas não percebeu de imediato que Amanda havia caído, devido ao volume alto do som no carro.
“Quando saíram de lá, as meninas já estavam praticamente embriagadas… altamente embriagadas. Resolveram ir para outra boate, localizada nos Bancários. Quando chegaram nas proximidades da boate, ocorreu o acidente. A Amanda caiu do veículo, e elas começaram a gritar: ‘caiu, caiu, caiu!’. Mas como o som do carro estava muito alto, o motorista de imediato não conseguiu ouvir o aviso, mas parou logo adiante”, afirmou o delegado.
Quando perceberam a queda de Amanda Barbosa, todos desceram do carro, foram até o local e viram que ela ainda estava viva. Ela chegou a ser socorrida e levada para o Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa, mas morreu na unidade hospitalar.
Quem era a vítima?
A mulher que morreu se chamava Amanda dos Santos Barbosa. Ela tinha 24 anos e trabalhava como design de cílios. De acordo com a tia da vítima, Sandra Cabral, ela era “uma menina amada, feliz, muito carinhosa”.
A tia disse também que a sobrinha era muito trabalhadora, trabalhava bastante ao longo da semana, mas que como toda jovem “gostava de curtir a vida nos fins de semana”.
Velório e enterro
O velório de Amanda aconteceu na Central de Velório Caminho da Luz, em Cruz das Armas, e o enterro ocorreu na manhã de terça-feira (19), no Cemitério São José, também no bairro de Cruz das Armas.
Seis testemunhas prestam depoimento
Seis testemunhas prestaram depoimento sobre a morte de Amanda dos Santos Barbosa, de 24 anos. De acordo com o delegado Getúlio Machado, todas as pessoas contam a mesma versão: o grupo de amigos chegou em uma casa de show no bairro de Mandacaru, por volta das 22h, consumiram bebidas alcoólicas e ficaram no local até aproximadamente 1h da manhã. Em seguida, elas decidiram ir para outra boate no bairro dos Bancários.
A proprietária do veículo de luxo preto que passou por cima de Amanda já foi identificada pela Polícia Civil e vai prestar depoimento. O delegado quer entender quem estava dirigindo o carro no momento do atropelamento e se ela ainda é dona do veículo.
Dona de carro diz que som alto e gritaria impediram ouvir queda
Thaisa Figueiredo, proprietária do veículo onde Amanda dos Santos Barbosa, de 24 anos, estava e morreu depois de perder o equilíbrio e cair do carro em que estava ao lado de outras amigas, publicou um vídeo em uma de suas redes sociais se pronunciando sobre como foi o acidente.
De acordo com Thaisa, no momento em que Amanda caiu do carro e foi atropelada, as pessoas que estavam dentro do veículo não escutaram pois o som estava alto. Notaram a queda de Amanda apenas segundos depois.
“O carro estava devagar, porém tinha muita gritaria dentro do carro, estava todo mundo gritando, o som estava muito alto, daí foi quando ela caiu, e Mikelly, a grávida que tava do lado dela ainda tentou puxar ela e gritou no carro: ‘ela caiu, ela caiu, ela caiu’. Sendo que o som estava muito alto, e daí depois de segundos a gente veio escutar, foi na hora que eu desci e corri para onde ela tava. Vi ela no chão. Quando ela caiu eu não vi, então eu não tinha como falar o que eu não vi”, explicou Thaisa sobre não ter visto o momento em que Amanda caiu do carro dela.
E ainda segundo Thaisa, ela não estava dirigindo o veículo pois sabia que iria consumir bebidas alcoólicas e não queria dirigir. Sabendo disso, ela pediu para um homem dirigir o veículo e, em seu depoimento, ela afirma que ele não ingeriu bebida alcoólica e tem CNH.
“Eu não estava dirigindo meu carro, eu chamei uma pessoa para dirigir o meu carro, porque eu ia beber e me divertir, e não queria ficar na responsabilidade do volante. O carro era meu, o menino que dirigia o carro era habilitado, não estava bêbado. Ele não bebeu, só quem bebeu foi a gente. E daí, quando a gente estava voltando da casa de festas, de Mandacaru para outra casa de festas, nos Bancários, o carro estava a menos de 50 km/h”, ainda complementou Thaisa.
Tia afirmava que Amanda gostava de curtir a vida
Sandra Alexandra Cabral, tia da vítima, comentou que Amanda gostava de curtir a vida. “uma mulher trabalhadora, que como todo jovem gostava de curtir a vida nos fins de semana”, disse.
Sandra comentou que Amanda era design de cílios e que trabalhava bastante, ao longo de toda a semana. De acordo com ela, a jovem era “uma menina amada, feliz, muito carinhosa”.
“Sempre que ela abraçava a gente, dizia que nos amava”, declarou, chorando. “Ela amava a vida, amava viver”, completou.
Sobre o acidente, inclusive, Sandra contestou as versões das testemunhas e pediu uma investigação rigorosa por parte da Polícia Civil da Paraíba sobre o que aconteceu.
“A gente cobra que a polícia vá atrás das imagens de câmeras de segurança para saber exatamente o que aconteceu. Aonde ela realmente estava, o que aconteceu. Queremos esclarecer os fatos”, explica.
Ainda de acordo com a tia da vítima, é importante saber se o carro estava em alta velocidade, se houve imprudência por parte da pessoa que estava dirigindo o veículo.