Fernanda Miguel da Silva e Lilian Alves Romão foram sentenciadas a 40 anos de prisão, nesta sexta-feira (18), pelo homicídio de um bebê de seis meses em São José de Piranhas, no Sertão da Paraíba. Fernanda, mãe da criança, era companheira Lilian na época do crime. O crime aconteceu no dia 10 de novembro de 2023.
O julgamento, que também ocorreu em São José de Piranhas, durou cerca de 12 horas e resultou na condenação de ambas por homicídio qualificado. Antes do julgamento, a defesa das acusadas alegou inocência, enquanto o Ministério Público sustentou que havia provas suficientes para condená-las.
Relembre o crime
A criança, identificada como Maria Liliane Miguel da Silva, foi levada pela mãe e sua companheira a uma Unidade Básica de Saúde (UBS) da região, mas chegou sem vida e com hematomas pelo corpo.
Segundo relatos da UBS, a mãe chegou às pressas na unidade, buscando socorro e alegando que o bebê estava passando mal. A equipe médica verificou que a criança não apresentava sinais vitais e tentou reanimá-la por cerca de 15 minutos, até a chegada do Samu.
Durante os procedimentos, ao retirar a roupa do bebê, os profissionais notaram cicatrizes nas costas e glúteos, além de escoriações na boca e hematomas na cabeça. A Polícia Militar e o Núcleo de Medicina e Odontologia Legal (Numol) foram acionados.
A mãe, Fernanda Miguel da Silva, de 19 anos, e sua companheira, Lilian Alves Romão, de 18 anos, foram presas em flagrante e levadas à delegacia de São José de Piranhas, onde foi registrado o auto de prisão por homicídio qualificado. Enquanto Fernanda permaneceu em silêncio durante o depoimento, Lilian confessou o crime, mas não revelou a motivação.
De acordo com o laudo pericial, a causa da morte foi traumatismo craniano, sugerindo um possível espancamento. O Instituto de Polícia Científica (IPC) apontou que o ferimento foi causado por um “objeto contuso”, possivelmente as mãos, e pode ter ocorrido em choques contra superfícies como parede ou chão.