Além da primeira-dama de João Pessoa, Lauremília Lucena, também foi presa na manhã deste sábado (28) pela Polícia Federal, com apoio do Gaeco do Ministério Público da Paraíba, a secretária dela, Tereza Cristina Barbosa de Albuquerque.
Os mandados de prisão contra as duas foram cumpridos na residência de Lauremília e foram expedido no âmbito de uma investigação da Justiça Eleitoral na Capital.
A 3ª fase da Operação Território Livre, denominada Sementem tem como objetivo investigar supostos crimes de aliciamento violento de eleitores e organização criminosa no pleito municipal.
De acordo com a PF, as diligências de hoje são fruto da análise do material arrecadado nas duas fases anteriores da Operação e visam complementar as provas de materialidade, autoria e circunstâncias dos crimes iinvestigados.
O nome de Lauremília já tinha sido citado em documentos da Polícia Federal relativos à Operação Território Livre.
Em transcrições da PF, atribuídas a outras pessoas investigadas, ela era apontada como alguém que decidiria sobre a indicação de cargos na prefeitura de João Pessoa.
Os cargos, conforme as investigações, eram solicitados por pessoas ligadas a grupos que mantêm o controle sobre comunidades da cidade. Em troca essas pessoas ofereceriam facilidades de acesso às comunidades.
Território Livre
A operação é batizada de “Território Livre” em referência à liberdade que os eleitores devem ter de ir e vir e também de exercer o seu voto. No dia 10 de setembro, uma primeira etapa da operação já tinha sido realizada, com cumprimento de três mandados de busca e apreensão.
Durante a segunda fase da operação, deflagrada nesta quinta-feira (19), a vereadora Raíssa Lacerda (PSB), candidata a reeleição, foi uma das presas. Apesar de ter renunciado à candidatura, ela ainda segue presa no Presídio feminino de João Pessoa.
O que disse Cícero
Por volta das 8h40 da manhã deste sábado (28), o prefeito emitiu nota sobre o tema. Afirmou que Lauremília é vítima de perseguição política às vésperas da eleição. CONFIRA NOTA NA ÍNTEGRA:
O prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena, foi alvo de mais um ataque covarde e brutal, ardilosamente arquitetado por seus adversários às vésperas da eleição, envolvendo sua família.
Com sua liderança consolidada em todas as pesquisas, que indicam vitória já no primeiro turno, seus opositores, nos últimos dias, disseminaram boatos pela cidade sobre uma nova operação. A operação realizada hoje, portanto, já era prevista e foi recentemente denunciada no plenário da Câmara dos Deputados pela deputada federal Eliza Virgínia, que alertou publicamente sobre o uso político de instituições com o objetivo de influenciar a campanha eleitoral em João Pessoa.
Na imprensa, nossos adversários divulgaram versões fantasiosas e inverdades com o intuito de manchar a honra de uma mulher íntegra, respeitada e querida pelo povo paraibano. Lauremília não teme as investigações e, na justiça, demonstrará que é vítima de uma grave perseguição política, orquestrada pelos adversários de Cícero, que claramente utilizam sua influência para esse fim.
Trata-se de uma prisão política. Lauremília tem residência fixa e jamais se recusaria a prestar depoimento ou esclarecer quaisquer fatos. Houve o uso de força desproporcional, já que ela sequer foi convocada para prestar depoimento. Claramente, os adversários de Cícero estão utilizando todos os meios para conquistar o poder a qualquer custo, sem respeito à sua família ou à cidade de João Pessoa.
Lauremília tem uma vida limpa, é uma benfeitora na cidade e do Estado. Ela provará sua inocência, sendo mais uma vítima de injustiça, assim como Cícero também foi.
João Pessoa não pode e não vai retroceder. As injustiças que, mais uma vez, atingem Cícero e sua família não ficarão impunes. A campanha continuará nas ruas para mostrar que nenhuma força política está acima de Deus e da vontade soberana do povo.