Você enfrentará outro fixo soberbo na fase de grupos. O que você acha de Douglas Junior?
Douglas é um jogador extraordinário. Ele é um pouco mais velho que eu. Ele tem sido um modelo para muitos jogadores. Ele saiu do Brasil cedo, construiu uma carreira de sucesso e há muito tempo é considerado um dos melhores fixos do mundo. Ele é um jogador que você aprende muito assistindo, jogando contra. Ele é muito completo. Ele é um jogador absurdo.
O que você acha deste time da Espanha?
Muito, muito bom. Acho que estamos fazendo um trabalho muito bom. Somos muito bons juntos como um time, temos uma mentalidade muito forte. Estamos entrando nesta Copa do Mundo como um time muito forte. Estou muito confiante. Acho que temos uma boa chance.
Você joga ao lado de Miguel Mellado no Jimbee Cartagena. O que você acha dele como jogador?
Ele é magnífico. Ele está em um nível diferente. Ele tem uma qualidade que você não vê muito hoje em dia. O futsal mudou muito. Agora é muito mais físico, tático. Ele tem um grande talento, é tão difícil tirar a bola dele. Ele não para de correr por toda a quadra. Para o nosso clube, quando temos um jogador expulso — aconteceu duas vezes na temporada passada — nosso treinador nos diz para deixá-lo contra dois e seguir em frente. Ele é jovem, tem muita qualidade e um potencial enorme.
O que você acha de Adolfito e Catela?
Esses dois são muito criativos. Eles pensam e jogam muito rápido. Eles têm um ótimo relacionamento. Adolfo tem um grande olho para o gol. Esta é uma arma muito importante para o time. Catela tem um pé esquerdo mágico.
Quem você acha que é o maior rival da Espanha pelo título?
Não há como ignorar o Brasil, dada sua história e qualidade. Acho que outras seleções nacionais se tornaram realmente fortes nos últimos anos, especialmente Portugal , Argentina e Irã . Acho que essas seleções são nossas maiores rivais pelo título. Mas sinto que, se estivermos no nosso melhor, será muito difícil nos vencer.
Quem foi o pivô mais difícil de marcar que você já enfrentou?
Ferrão. Não posso dizer mais ninguém. Eu o enfrentei em tantas finais importantes quando ele estava no auge. Para mim, ele foi o pivô mais difícil de enfrentar. No começo da minha carreira, joguei contra Fernandão, Wilde. Eles também estavam em um nível diferente. Aprendi muito jogando contra eles. Os golpes que eles me deram me ensinaram muito! (risos)
Seu pai é um seguidor realmente apaixonado, certo?
(risos) Meu pai é louco por futsal. Mesmo sendo mais velho, ele está sempre na internet, Twitter, Instagram, comentando tudo (risos) . Antes que eu começasse a pensar nisso, foi ele quem me disse: ‘Não pense em voltar para o Brasil. Se naturalize porque isso vai abrir portas para você viver, para ter uma boa carreira depois que você parar de jogar.’ O sonho dele é terminar as coisas no Brasil e vir morar com a gente aqui.
Sua segunda filha acabou de nascer. Quão difícil é estar longe?
É difícil. Sinto falta dela, sinto falta da minha outra filha, que tem quatro anos, e da minha esposa, e eu realmente queria estar lá para ajudar minha esposa. Mas não posso reclamar. Tudo na vida tem prós e contras. Estou vivendo possivelmente o melhor momento da minha carreira. Jogar na Copa do Mundo é o sonho de todo jogador e eu honestamente pensei que isso nunca aconteceria. Sou muito grato.
Por fim, você acha que a Espanha levantará o troféu?
Sim. Acho que temos uma grande chance. Tenho muita fé. O futsal, no entanto, está muito equilibrado atualmente. Acho que há algumas seleções que estão realmente próximas do nosso nível. Fisicamente e tecnicamente, estamos lá. Se formos fortes mentalmente nas eliminatórias decisivas, acredito que seremos campeões do mundo.
