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Agência Minas Gerais | Governo de Minas e BDMG anunciam R$ 1,4 bilhão em crédito para cooperativas, produtores e empresas do agro mineiro

O Governo de Minas , por meio do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), anunciou, nesta segunda-feira (26/8), R$ 1,4 bilhão em crédito para financiar o agronegócio do estado na nova Safra 2024/2025. Este é o maior valor já desembolsado pelo banco para o setor.

O volume de recursos é 15% superior ao total liberado pelo banco na última safra (R$ 1,23 bilhão). Os créditos chegarão às cooperativas, produtores e empresas, incentivando o agronegócio no estado, que representa 22% do Produto Interno Bruto (PIB) mineiro, segundo a Fundação João Pinheiro (FJP). 

 
 
   

O governador Romeu Zema destacou o crescimento do agronegócio no estado e o papel importante do BDMG no desenvolvimento do setor. 

“Nosso banco tem dado todo o apoio necessário ao setor, o que não ocorria anteriormente. Em nossa gestão, passamos a financiar o produtor rural, trazendo facilidades e condições para que ele cresça, o que também resultou no crescimento do banco. Dessa forma, todos saem ganhando”, frisou. 

 








 
 
   
   


O evento contou ainda com a presença de produtores rurais, empresários, representantes de cooperativas e autoridades. 

Plano Safra 

Por meio do Plano Safra, o BDMG vai disponibilizar R$ 228 milhões em financiamentos em nove linhas de crédito destinadas a empresas e cooperativas. 

“Quando o Estado impulsiona o setor privado, estamos diante da melhor forma de gerar emprego e melhorar a qualidade de vida da população. E é por manter esse foco que, nesse Governo, Minas caminha a passos largos na economia”, apontou o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sede-MG), Fernando Passalio.

Para o secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), Thales Fernandes, os resultados evidenciam que os instrumentos de política agrícola, como a extensão rural e assistência técnica da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais Emater-MG – empresa vinculada à Seapa –, pesquisa agropecuária liderada pela Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) e defesa agropecuária conduzida pelo Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), além do crédito rural via BDMG, são prioridades para o Governo de Minas.

“Isso tem impulsionado o desenvolvimento do setor, que cresce a cada ano e gera emprego e renda para os mineiros”, pontuou.

Mais desenvolvimento para o agro

O BDMG, vinculado à Sede-MG, oferece linhas de crédito para armazenagem de grãos; incorporação de inovação tecnológica nas propriedades rurais; incentivo à agricultura sustentável, modernização da agricultura, entre outras iniciativas, e utiliza recursos do Plano Safra, Funcafé, LCA, além de capital próprio. 

O presidente do banco, Gabriel Viégas Neto, lembra que o setor agro representa cerca de 40% de todos os financiamentos realizados pelo banco nos últimos 12 meses, o que reforça a contribuição da instituição para o fomento do setor. 

“O BDMG garante o suporte aos produtores mineiros. Cada crédito se converte em mais desenvolvimento regional, emprego e renda na ponta, o que repercute em todas as regiões do estado”, afirmou.

Na última safra, 20% dos financiamentos contratados pelo Plano Safra foram para construção de armazéns. 

Em um deles, a Cooperativa dos Produtores Rurais do Prata (Cooprata), no Triângulo Mineiro, que reúne 1.850 associados na produção de laticínios, buscou o apoio do banco para a construção de quatro silos. Com o novo negócio, o faturamento da cooperativa vai aumentar em 20% no primeiro ano de operação.

“Os silos vão baratear o transporte dos produtores que irão pagar menos frete para descarregar a produção, além de diminuir o custo dos que precisavam se deslocar para cidades vizinhas para estocar milho, soja e sorgo”, explicou o administrador financeiro da Cooprata, Valdenir Moura. 

Café em alta 

Para apoiar a produção de café, setor em que Minas é líder nacional, o BDMG oferece três tipos de crédito: Comercialização – que permite financiar cooperativas em valor equivalente à quantidade de produto armazenado para venda futura em melhores condições de mercado; o FAC – para a compra do café diretamente dos produtores rurais; e Capital de Giro. Ao todo, serão R$ 231,7 milhões na nova safra. 

Desde o ano safra 2018/2019, o BDMG desembolsa 100% dos recursos do Funcafé destinados ao banco e, nos últimos 10 anos, já são R$ 2,2 bilhões liberados nesta linha. 

A partir dos recursos captados junto ao BDMG, a MinaSul, localizada em Varginha, no Sul do estado, e a segunda maior cooperativa exportadora de café no Brasil, garante acesso ao crédito com baixo custo aos seus 10 mil associados. O diretor financeiro da cooperativa, Marcelo Ramos, ressaltou que o banco tem papel decisivo no fomento ao pequeno produtor.

“Todo o recurso que o BDMG disponibiliza é de apoio ao cooperado. O Funcafé nos permite comprar direto do produtor e, assim, dar liquidez quando desejamos vender o produto. A linha de estocagem garante que o produtor possa armazenar o café para vender depois, quando ele espera que o preço vá melhorar no futuro. O crédito que captamos junto ao BDMG tem taxas mais baixas em relação ao mercado e prazos adequados”, disse Ramos.