Marrocos tem a melhor equipe e o melhor treinador do mundo – LNF

Foi a sequência que abalou um esporte. O número era inimaginável; seus autores ainda mais.

O Calcio estava em profunda decadência. A Itália foi humilhada pela eliminação na fase de grupos na África do Sul 2010 e no Brasil 2014, e devastada pelo fracasso em chegar à Copa do Mundo da FIFA™ pela primeira vez em 60 anos. Um empate de 1 a 1 com a Ucrânia em Gênova em outubro de 2018 deixou a La Nazionale tendo vencido apenas um dos últimos 10 jogos.

Então, de repente, eles se encaixaram. Os gladiadores de Roberto Mancini – Gianluigi Donnarumma, Giorgio Chiellini, Nicolo Barella, Marco Verratti, Federico Chiesa e Cia – provaram ser invencíveis. A Azzurri ficou 10 partidas invicta, depois 20, e então quebrou seu recorde pessoal de 30, estabelecido pelos campeões mundiais consecutivos de Vittorio Pozzo em 1939.

A Itália ficou a uma do recorde mundial de 35 jogos, que o Brasil havia estabelecido em 1996 e a Espanha havia igualado em 2009, ao superar a Inglaterra na final da UEFA EURO em 2021, antes de quebrá-lo dois meses depois. A sequência foi finalmente encerrada, em impressionantes 37 jogos, quando La Roja venceu por 2 a 1 em Turim.

A Espanha recentemente quebrou outra sequência — uma mais longa e ainda mais ridícula. Não foi definida por um colosso da corte como Argentina, Brasil ou Portugal, mas por um lado que poucos temiam quando começou em novembro de 2022.

No entanto, apesar de enfrentar a Argentina duas vezes, a Itália duas vezes, a França e a Irlanda do Norte, entre outros, o Marrocos implausivelmente ficou 50 partidas invicto até que Adolfito inspirou a Espanha a uma vitória de 4 a 2 em Rabat na semana passada. Essa sequência foi em dívida com Soufian Charraoui, que terminou como o artilheiro quando as acusações de Hicham Dguig conquistaram a CAF Futsal AFCON em estilo emocionante em abril e encabeçou uma revanche de 4 a 1 sobre a Espanha dois dias após seu ciclo imaculado cair.

O jogador de 27 anos conversa com a FIFA sobre sua forma e a do Marrocos, a paixão “louca” pelo futsal no país, enfrentar Portugal e sua crença de que eles podem vencer o Uzbequistão em 2024.

FIFA: Apesar de jogar contra a Argentina duas vezes, Itália duas vezes, França, Irã e outros, o Marrocos recentemente teve sua sequência invicta encerrada em 50 jogos realmente notáveis. O que você acha disso?

Soufiane Charraoui: Acho que foi inacreditável. Não estávamos jogando contra times menores, mas contra Irã, Argentina, Itália, França. Foi realmente especial. Treinamos muito, trabalhamos muito duro. O treinador nos prepara para cada jogo. Queremos vencer cada jogo. Mas é claro que você nunca acha que vai ficar 50 jogos sem perder. É difícil acreditar que fizemos isso acontecer. O treinador começou algo há 10, 15 anos. Sofremos muito para chegar onde estamos agora. A corrida foi devido a todo o trabalho duro que foi feito ao longo de um longo período. Acho que nestes últimos dois anos realmente mostramos o que podemos fazer. Temos um ótimo time com ótimos jogadores – para mim, o melhor conjunto de jogadores do mundo – e o treinador número um do mundo. Estamos muito animados para esta Copa do Mundo.

Como é trabalhar com Hicham Dguig?

Ele é um homem incrível, incrível. Aprendemos muito com ele e continuamos a aprender com ele. Ele tira o melhor de nós. Todos têm muito respeito por ele e nossos outros treinadores. Somos como seus filhos. Viajamos muito, sofremos muito, passamos longos períodos sem ver nossa família, então ele é como um pai para nós. Somos uma grande família.

O que você acha de Soufiane El Mesrar?

‘El Capitano’! Ele é um jogador incrível, uma pessoa incrível. A primeira vez que entrei para o time do Marrocos, ele passou muito tempo conversando comigo. Eu realmente gostei disso. Ele está sempre conversando com os jogadores mais jovens, dando conselhos a eles. Todos têm muito respeito por ele. Ele tem muita experiência. Esta será sua quarta Copa do Mundo. Em quadra, ele é um jogador excelente, faz uma grande diferença nos jogos e é crucial para o Marrocos.

Você pode nos contar sobre a paixão pelo futsal no Marrocos?

É absolutamente louco. No Brasil, todo mundo ama futsal, todo mundo ama seus jogadores. Agora é o mesmo no Marrocos. Obviamente sou marroquino, mas realmente acredito que temos o melhor apoio do mundo. Quando estamos no aeroporto, em sessões de treinamento, andando pelas ruas, todo mundo quer tirar uma foto com cada jogador, o treinador. Os marroquinos são muito apaixonados por todos os esportes. Com o futsal, ficamos 50 jogos invictos, temos esse lindo estilo de jogo, muitos jogadores excelentes, um ótimo treinador. Isso deixou as pessoas loucas por nós. É realmente especial para nós.

Você foi o artilheiro da Futsal AFCON, tem estado em excelente forma depois disso, encabeçou a vitória de 4-1 sobre a Espanha na semana passada. Quão feliz você está em um nível pessoal com o futsal que você tem jogado?

Acho que estou na melhor forma da minha vida. Eu estava jogando na LNFS na Espanha. Fiz a escolha de voltar para o Marrocos porque queria treinar com meu treinador toda semana. Para mim, foi a melhor escolha da minha vida. Treino com meu treinador o tempo todo, converso muito com ele. Sinto-me incrível. Fiquei muito feliz com minhas performances no campeonato africano e contra a Espanha. Espero poder manter esse nível e ajudar o time na Copa do Mundo. Espero fazer parte disso. Seria minha primeira Copa do Mundo, então isso é muito especial. Estou muito animado.