ENTRETENIMENTO

Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Econômico participa de evento sobre transição Energética – Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro

O evento na PUC debateu iniciativas de transição energética nas cidades – Jeff Augusto/Prefeitura do Rio

O Centro Técnico Científico da PUC-Rio (CTC/PUC-Rio) recebeu o Seminário “Enercity – Rio: Capital da Transição Energética em Cidades”, promovido pela Prefeitura do Rio, por meio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e Econômico (SMDUE) e da Invest.Rio, em parceria com o Instituto de Energia da PUC-Rio (IEPUC) e com a ONU-Habitat. Estiveram presentes no evento o vice-reitor da PUC-Rio, Marcelo Gattass, o secretário de Desenvolvimento Urbano e Econômico, Chicão Bulhões, a secretária de Transportes, Maína Celidônio, o Presidente da Comlurb, Flávio Lopes, a gerente de Programas da ONU-Habitat, Daphne Besen, e representantes da iniciativa privada, como Vibra Energia, Águas do Brasil, Urca Energia, KPMG, Metro Rio, Promon Engenharia e Cury Construções. Também participaram do encontro professores do Departamento de Engenharia da universidade.

O secretário de Desenvolvimento Urbano e Econômico, Chicão Bulhões, citou ações e iniciativas da Prefeitura que visam a transformar a cidade na capital da inovação da América Latina. Bulhões enumerou a presença de importantes empresas do setor localizadas no Rio de Janeiro e trouxe exemplos de pesquisas internacionais que avaliaram a cidade no mapa do desenvolvimento sustentável. O secretário apresentou algumas de muitas iniciativas da Prefeitura do Rio para o setor, como o “ISS Neutro” – maior programa municipal de incentivo tributário ao mercado de crédito de carbono voluntário do mundo, de até R$ 60 milhões, para estimular projetos verdes e o mercado de compensação de carbono.

 
 
   

– Trata-se de um modelo inovador de cidade que estamos adotando, evidentemente, certificado e auditado. Em 2021, lançamos o plano de desenvolvimento sustentável. Aliás, as pessoas quando pensam em desenvolvimento pensam naquela forma de desenvolvimento em que a gente não aproveita os nossos ativos ambientais, simplesmente desenvolve as coisas em detrimento ao meio ambiente. É uma das coisas que o Rio está tentando mudar. Entendemos que não haverá investimento a partir desse momento se nós não colocarmos a palavra sustentável ao lado da palavra desenvolvimento – afirmou Chicão Bulhões, trazendo também o exemplo do projeto de revitalização do centro em um “distrito de baixa emissão de carbono”.

– Estamos diante de um projeto pioneiro. O IEPUC fez uma carta de intenções com a Prefeitura do Rio, por meio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e Econômico e Invest.Rio, e a ONU-Habitat. O objetivo do documento é estudar mecanismos para potencializar a transição energética, sabendo que é nas cidades em que tudo acontece – celebrou professor do IEPUC, David Zylbersztajn, que participou da abertura. Ele disse também que cidades inteligentes devem englobar a descarbonização, descentralização, digitalização e a democratização do acesso à energia. “A estes, eu acrescentaria ainda a segurança energética”, ressaltou.

Marcelo Gattass reforçou o compromisso da PUC-Rio em transpor a produção de conhecimento para a geração de riquezas compartilhadas com a sociedade. Daphne Besen disse que a cidade não deve ser vista apenas como local de problemas, mas de criação de possibilidades e realização de experiências.

O exemplo da capital fluminense

O evento foi dividido em dois momentos: uma apresentação conceitual sobre o assunto e um debate, separado por três eixos. O primeiro eixo foi “mobilidade urbana”, o segundo foi “eficiência, edificação e território Urbano”, e o terceiro, “água e resíduos urbanos”. O professor do IEPUC Edmar de Almeida conduziu apresentação sobre transição energética ressaltando a governança das cidades:

– É preciso incorporarmos uma transição justa com treinamento, política e apoio – disse o pesquisador do CTC/PUC-Rio.

Exemplos de iniciativas privadas em conjunto com o setor público

O diretor do IEPUC, professor Eloi F. Y Fernández, que moderou os painéis, convidou para o palco os representantes do setor público para apresentarem suas ações sobre transição energética. Entre os principais assuntos, foram citados os desafios jurídicos, de infraestrutura, de investimento e mercado. A integração entre modais e o transporte público na mobilidade urbana também foram tema dos debates, assim como iniciativas para melhorias no sistema de saneamento e tratamento de resíduos sólidos, com mais investimentos em logística reversa, economia circular e integração social envolvendo diversos atores sociais. A secretária de Transportes, Maína Celidonio, falou na mesa de Mobilidade Urbana, o coordenador de Planejamento Local da Subsecretaria de Planejamento Urbano da SMDUE, Antônio Correia, no painel de Eficiência, Edificação e Território Urbano, e o presidente da Comlurb, Flávio Lopes, na mesa de Águas e Resíduos Urbanos.

O encerramento coube ao presidente do Comitê Rio G20, Lucas Padilha, e a Marcelo Gattass. Ambos concluíram que universidade, poder público e iniciativa privada estão de mãos entrelaçadas no caminho do diálogo com o objetivo comum de afirmar o Rio de Janeiro como a grande escola de transição energética do mundo.

Marcações: evento seminário transição energética