Operação Disco de Ouro: Alexandre Pires é Investigado por Garimpo Ilegal em Terras Indígenas Yanomami
A Polícia Federal deflagrou a Operação Disco de Ouro nesta segunda-feira, visando desarticular um esquema de financiamento e logística do garimpo ilegal em Terras Indígenas Yanomami (TIY). O cantor Alexandre Pires é um dos alvos da investigação, que aponta seu envolvimento em um esquema que movimentou cerca de R$ 250 milhões.
A ação incluiu mandados de busca e apreensão no cruzeiro do cantor em Santos, onde teria recebido ao menos R$ 1 milhão de uma mineradora investigada. O empresário Matheus Possebon, figura de expressão nacional no ramo musical, também é apontado como parte do núcleo financeiro do esquema.
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A força-tarefa cumpriu dois mandados de prisão e seis de busca e apreensão em diversas localidades, incluindo Boa Vista (RR), São Paulo (SP), Santos (SP), Santarém (PA), Uberlândia (MG) e Itapema (SC). A Justiça determinou o sequestro de mais de R$ 130 milhões em bens dos suspeitos.
A Operação Disco de Ouro é um desdobramento de ações anteriores da PF, iniciadas em janeiro de 2022, quando 30 toneladas de cassiterita foram encontradas em uma empresa investigada. O esquema envolveria a “lavagem” desse minério ilegalmente extraído da TIY, declarando-o como originário de um garimpo regular no Rio Tapajós.
As investigações revelaram uma complexa rede de transações financeiras, envolvendo pilotos de aeronaves, postos de combustíveis, lojas de máquinas e equipamentos para mineração, além de “laranjas” para encobrir movimentações fraudulentas.
Alexandre Pires, conhecido por fundar o grupo Só Pra Contrariar em 1989, enfrenta sérias acusações neste escândalo, colocando em xeque sua imagem pública. A situação destaca a urgência de combater práticas ilegais que impactam não apenas as comunidades indígenas, mas também a preservação ambiental na região da Amazônia.
Investigações
As investigações mostraram que a dinâmica ocorreria apenas no papel, pois o minério seria originário do próprio estado de Roraima. À época, a PF identificou transações financeiras que envolviam toda a cadeia produtiva do esquema, com participação presença de pilotos de aeronaves, além do auxílio de postos de combustíveis, lojas de máquinas, equipamentos para mineração e “laranjas”, para encobrir movimentações fraudulentas.