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“Arrogância dos Britânicos e Genialidade dos Franceses: Como Nasceu a Liga dos Campeões

O mundo do futebol contemporâneo é impensável sem a Liga dos Campeões. Antes, ele existia sem este torneio, mas a ideia de um influente editor presenteou o mundo com este incrível espetáculo.

O torneio das melhores equipes da Europa surgiu como resposta às declarações altissonantes da imprensa britânica. O Futebol 24, em parceria com a HLIBNY DAR, conta como a ideia de competição entre as melhores equipes da Europa foi transformada em realidade.

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Britânicos Atrevidos

Até 1954, os clubes estavam satisfeitos com os campeonatos e copas nacionais. De vez em quando, eles faziam visitas internacionais para agradar os fãs e trocar experiências e estilos de jogo. Claro, a imprensa sempre reagia de forma estridente a tais ações, e encontrar um lugar livre nos estádios para esses jogos era simplesmente impossível.

A turnê do Spartak de Moscou pela Grã-Bretanha gerou um grande entusiasmo. Depois de uma temporada difícil, os moscovitas exibiram um jogo pouco convincente, o que foi aproveitado pelo então campeão inglês, Wolverhampton, em uma derrota humilhante por 4 a 0. A imprensa e os torcedores saborearam essa partida por muito tempo, afinal, uma vitória tão épica sobre um oponente tão forte foi um feito considerável.

Mas quando os ‘Wolves’ venceram o Honvéd da Hungria, a imprensa britânica simplesmente ficou fora de si e proclamou o Wolverhampton como a equipe mais forte do mundo. Até mesmo os torcedores de outras equipes inglesas não se importaram, afinal, seus queridos times não perderam para qualquer um, mas sim para a equipe mais forte do mundo! A Inglaterra celebrava, enquanto no coração de um dos maiores ícones da época, crescia a indignação.

O Nascimento de uma Ideia Genial

O jornalista do jornal L’Equipe, Gabriel Ano, não tinha intenção de concordar com a opinião de qualquer imprensa, especialmente a inglesa. O ex-defensor da seleção francesa simplesmente não entendia como alguém poderia chamar alguém de time mais forte após duas vitórias.

Ano já acalentava a ideia de um torneio continental entre as melhores equipes da Europa, mas as declarações estridentes dos britânicos foram apenas o gatilho para proclamar essa ideia.

No dia seguinte às declarações dos britânicos, Ano apresentou o projeto do torneio e afirmou que somente o vencedor desse torneio poderia ser considerado o mais forte.

A ideia de Ano não agradou apenas à equipe do L’Equipe, mas também à quase todas as principais equipes da Europa. Restava apenas o mais importante – transformar a ideia audaciosa em realidade.

A Primeira Taça dos Clubes Campeões Europeus

A redação do L’Equipe não pretendia adiar a ideia de Ano por mais tempo, e já em janeiro de 1955 enviou o regulamento do torneio para todos os clubes europeus e associações de futebol. Em 2 de abril de 1955, ocorreu a reunião decisiva dos representantes de 16 clubes em Paris, onde foi assinado o documento que criava a nova competição – a Taça dos Clubes Campeões Europeus.

Rapid, Anderlecht, Orhus, Real Madrid, Milan, PSV, Gwardia, Sporting, Saarbrücken, Vasas, Reims, Rot-Weiss, Servette, Djurgården, Hibernian e Partizan foram divididos em 8 pares. O formato do torneio era de mata-mata, com o destino da partida sendo decidido em dois jogos. As equipes da Inglaterra e da URSS ignoraram o torneio, mas mesmo sem elas, o torneio causou muito alvoroço.

O confronto entre as melhores equipes do continente europeu, jogos incrivelmente repletos de gols, batalhas acirradas e o verdadeiro deleite do futebol na final entre Real Madrid e Reims (4 a 3) superaram todas as expectativas da primeira temporada do torneio. Todos perceberam que a Taça dos Clubes Campeões Europeus se tornaria uma verdadeira joia do futebol mundial, enquanto Ano esfregava as mãos satisfeito e se preparava para anunciar sua próxima ideia audaciosa – a criação de competições entre as melhores seleções da Europa.”