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Alunos da E.M. “Quinzinho de Barros” realizam tradicional mostra artística e cultural com foco nos países e regiões de origem dos alunos – Agência de Notícias

Famílias dos alunos também foram convidadas a participar da exposição, que envolveu muita pesquisa e aprendizado em sala de aula, resultando em trabalhos artesanais, números musicais e de dança.

 

 
 
   

A “Expo Quinzinho 2023” é um evento já tradicional da E.M. “Quinzinho de Barros”, no bairro Vila Hortência, na Zona Leste, que chegou, neste ano, à sua 9ª edição. Envolvendo os alunos desde o início do ano letivo, assim que é escolhido o tema, o objetivo dessa ação é promover a aprendizagem, a interação e o diálogo em sala de aula, levando o conhecimento para além da escola, em atividades que podem ser realizadas também em família. Ao fim do processo, acontece a exposição, quando toda a comunidade escolar e familiares dos estudantes são envolvidos.

Desta vez, não foi diferente e os pais, responsáveis e demais familiares dos alunos puderam conferir a “ExpoQuin”, com o tema “Quem Somos? – A formação dos povos e a diversidade que nos constitui!”. Assim, o tema central foi tratar das origens, geográficas, culturais e étnicas, dos alunos. Houve espaço para transmitir o entendimento sobre essas origens, abordando alguns países do Continente Europeu, tais como Portugal, Espanha e Itália; o Continente Africano; as etnias indígenas brasileiras e, ainda, diversas regiões do nosso estado e do País.

O casal Letícia e Fábio Gabriotti, que são madrasta e pai da aluna Luiza, do 4º ano do Ensino Fundamental, foram visitar a mostra, pela primeira vez, e aprovaram a iniciativa. “Vimos muita coisa interessante aqui. E uma das que mais chamou a nossa atenção foi a construção da árvore genealógica dos alunos, pois, assim, eles podem ver de onde vêm suas origens e aprendem muito”, argumentou Letícia. “Nós também aprendemos bastante, porque, afinal, faz tempo que saímos da escola e, na exposição, conseguimos rever algumas coisas”, completou Fábio.

A professora Patrícia Errador Soares, que leciona para o 3º ano do Ensino Fundamental, contou que sua turma fez os trabalhos baseados na África e puderam aprender, não apenas com os livros, mas também com relatos e a experiência pessoal de alguns familiares. “Com a pesquisa, as crianças conseguem saber um pouco mais sobre as diferentes origens e culturas. Elas aprendem e passam a respeitar, ainda mais, essas particularidades que ajudaram a formar o povo brasileiro. Entre as atividades planejadas, estiveram a cultura transmitida pela escrita, mas também pela arte, pela história, pelas ciências e pela geografia. O avô de um aluno, por exemplo, que morou na África, fez questão de mandar algumas roupas típicas da região onde viveu e, principalmente, contar algumas de suas vivências. Isso enriqueceu muito o trabalho e aguçou a curiosidade dos alunos”, contou a educadora.

Outro aspecto essencial e que caracteriza a “ExpQuin” desde sua criação, em 2014, é a participação das famílias e da comunidade. “Mesmo acontecendo durante o dia, quando muitos estão trabalhando, aqueles que conseguem sempre fazem questão de prestigiar o evento. Neste ano, por exemplo, mais de 50% dos alunos vieram com seus pais ou outras pessoas da família. Isso é muito importante e gratificante para as crianças e toda a comunidade escolar. Além disso, o tema escolhido neste ano resgata nossas raízes e traz o lado afetivo de reconhecermos as origens de nossos avós, nossos antepassados”, descreve a orientadora pedagógica da E.M. “Quinzinho de Barros”, Priscila Borges Ribeiro Oliveira. “Além disso, somos essa mistura de culturas e identidades. Aprender sobre tudo isso propicia aos estudantes entender melhor o respeito às diferenças, sejam elas culturais, de traços físicos ou, até mesmo, de personalidade”, concluiu.

Completando essa proposta, em uma das salas, também foram expostos trabalhos que esclareciam e mostravam a importância do combate ao bullying, fazendo de cada cartaz ou desenho produzido pelos alunos uma espécie de manifesto em prol da empatia e do acolhimento pelo outro.

 

Fotos: Rose Campos/Secom