A Drª Erica examina a paciente Daiana – Edu Kapps/Prefeitura do Rio
No Dia Mundial da Alergia, neste sábado (8/7), a Secretaria Municipal de Saúde faz um alerta sobre os cuidados com as alergias, que podem aparecer ainda na infância ou ao longo da vida. Os tipos mais comuns são as respiratórias, alimentares, dermatites e as causadas por picadas de insetos. O Centro Carioca de Especialidades aumentou a oferta de diagnóstico e tratamento para a capital e os medicamentos podem ser retirados pelo SUS.
A alergia é uma resposta do organismo a substâncias que normalmente seriam inofensivas para a maioria das pessoas, como alimentos, insetos, poeiras, medicamentos, entre outros, chamados alérgenos. Quando uma pessoa alérgica a um desses elementos é exposta, o sistema imunológico o reconhece como uma ameaça e libera reações que desencadeiam uma resposta química, se torna sensibilizado e produz anticorpos chamados imunoglobulinas E (IGE). São estes anticorpos que, em um próximo contato, vão reconhecer o alérgeno e promover a liberação de várias outras substâncias, levando a sintomas de alergia que podem ser leves ou graves.
A alergologista do Centro Carioca de Especialidades (CCE) Erica Dutra Tepedino diz que as alergias respiratórias causadas por ácaros, fungos e pelos de animais são as principais causas das crises de rinite e asma. As alergias alimentares, as dermatites atópicas, dermatite de contato e a alergia a picadas de insetos também são muito comuns.
– O diagnóstico para alguma alergia se dá principalmente através do histórico clínico do paciente, com anamnese. É muito importante não se automedicar e procurar o médico. Se necessário, o profissional pode pedir um exame complementar, que varia de acordo com cada caso. O tratamento é realizado com o uso de medicação, que pode ser retirada nas unidades básicas de saúde – explicou a médica.
Desde a inauguração do CCE, em outubro do ano passado, a oferta para consultas com alergologista aumentou no município do Rio. Até o início do mês de julho, cerca de 3 mil pacientes, entre adultos e crianças, foram atendidos na unidade, e mais de 45 mil unidades de medicamentos para tratamento de alergias foram retirados no CCE. Os remédios para alergias também podem ser retirados nas unidades de Atenção Primária (clínicas da família e centros municipais de saúde).
Também é importante entender que as alergias, principalmente as alimentares, podem aparecer a qualquer momento da vida. As reações causadas pelo alérgeno dependem da produção dos anticorpos IGE, que às vezes podem ser estimulados depois de vários contatos. Por isso, algumas pessoas descobrem ter alergia a determinadas substâncias com idade avançada.
– É muito importante que a pessoa procure um médico a qualquer sintoma, desde uma dor de cabeça a algo mais grave. As alergias medicamentosas, por exemplo, podem causar choque anafilático. Por isso, também devemos alertar para as pessoas não se automedicarem, talvez a pessoa tenha alergia a um remédio e não sabe – explicou Erica sobre a importância de ter prescrição médica para todo medicamento.
Daiana do Nascimento Lima, de 31 anos, começou o tratamento no CCE com a Drª Erica há uma semana:
– Quando eu era criança, além da rinite, comecei a ter alergia a algumas frutas e corantes. E há cerca de 10 anos comecei a ter manchas no corpo quando comia certos alimentos. Passei a ter uma alimentação restrita e acabei perdendo muito peso. Agora que identifiquei a alergia, vou tratar. Terei mais qualidade de vida, e isso é muito bom!
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Categoria:
Marcações: alergia Cuidado dermatite respiratória saúde
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