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10 perguntas e respostas sobre a vacina da gripe – e por que você deve se imunizar | Governo do Estado de São Paulo

Febre, espirros, nariz congestionado, cansaço e aquela sensação de ter sido atropelado por um caminhão. Conhecida popularmente como gripe, a infecção de alta transmissibilidade causada pelo vírus influenza já é uma velha conhecida da humanidade, uma vez que é uma das doenças mais antigas registradas na história e infecta 5% a 10% da população mundial todos os anos, segundo estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Com a chegada do inverno, os casos de doenças respiratórias costumam aumentar significativamente por conta da maior disseminação do vírus. É por isso que, desde o dia 10 de abril, o Ministério da Saúde declarou aberta a temporada anual de imunização contra a gripe com o objetivo de reduzir a carga viral circulante, prevenir o surgimento de complicações decorrentes da doença e evitar sobrecarga dos serviços de saúde.

Ainda em dúvida se você deve ou não se vacinar? Confira a nossa seleção de perguntas e respostas sobre o tema e organize a sua visita ao posto de saúde mais próximo da sua casa. A campanha termina no dia 31 de maio e a cobertura vacinal ainda está bem distante dos 90% – índice preconizado pelas autoridades em saúde.

 
 
   

1. O que é o vírus influenza e o que ele causa?

De fácil distribuição e espalhado globalmente, o vírus pode desencadear uma infecção aguda do sistema respiratório, que pode variar de casos leves a graves – sendo o último mais comum em pessoas com alguma comorbidade, idosos e crianças até 6 anos. Quando infectada, a pessoa pode apresentar febre, dor no corpo e cansaço. A partir do quarto dia, os problemas respiratórios tendem a aumentar. A transmissão acontece por meio de gotículas de tosse, espirros ou pela fala da pessoa infectada.

2. Por que a vacina protege contra o vírus influenza?

Desenvolvido pelo Instituto Butantan, o imunizante reúne as três principais cepas de influenza circulantes no Hemisfério Sul no ano anterior – conforme acompanhamento da OMS. Durante o processo de fabricação, esses vírus são inativados, ou seja, “mortos” pelo uso de substâncias químicas, irradiação ou calor. Quando a vacina é administrada, o organismo é “enganado” pela presença do patógeno e, por mais que esses “vírus mortos” sejam completamente incapazes de causar uma infecção real, o sistema imunológico estimula a produção de anticorpos contra a doença e cria uma memória nas células para que elas aprendam a se defender de um eventual vírus ativo.

3. Recebi o imunizante do ano passado, preciso me vacinar novamente agora?

Sim, a imunização deve ser repetida todos os anos. Isso porque o vírus tem uma alta capacidade de mutação, exigindo que a vacina seja atualizada anualmente com as cepas mais comuns em cada hemisfério. Até hoje, quatro tipos de influenza já foram detectados: o A e B, responsáveis pelas epidemias sazonais e, por isso, presentes na vacina trivalente do Butantan; o C, que não causa doença de importância epidemiológica; e o D, identificado apenas em bovinos. Para a campanha de 2023, foi preparado um imunizante com as cepas Influenza A/Sydney/5/2021 (H1N1)pdm09, Influenza A/Darwin/9/2021 (H3N2) e Influenza B/Áustria/1359417/2021 (linhagem B/Victoria). No ano passado, o vírus H1N1 foi diferente do recomendado neste ano.

4. Posso sentir algum tipo de sintoma após a vacinação?

Como já explicado, não há risco do imunizante feito com vírus inativado desencadear a doença. Porém, algumas pessoas acabam confundindo a manifestação de efeitos adversos comuns com um quadro gripal. De acordo com a Nota Técnica publicada pela Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), 15% a 20% dos vacinados experimentam dor, vermelhidão e endurecimento no local da aplicação. Febre, mal-estar e dor muscular acometem menos de 10% dos vacinados, geralmente na primeira vez em que a vacina é administrada. Reações anafiláticas são extremamente raras.

5. Quem deve se vacinar contra a gripe?

Em um primeiro momento, a campanha focou nos grupos prioritários, que compreendem idosos com 60 anos ou mais; crianças entre 6 meses e 6 anos; gestantes e puérperas; povos indígenas; trabalhadores da saúde; professores das escolas públicas e privadas; pessoas com comorbidades; pessoas com deficiência permanente; integrantes das forças de segurança e salvamento; integrantes das Forças Armadas; caminhoneiros; trabalhadores de transporte coletivo rodoviário de passageiros urbano e de longo curso; trabalhadores portuários; funcionários do sistema prisional; adolescentes e jovens de 12 a 21 anos sob medidas socioeducativas; e população privada de liberdade. Desde o dia 15 de maio, o Ministério da Saúde recomendou a ampliação do público-alvo, incluindo toda a população acima de 6 meses, a fim de alavancar as taxas vacinais.

6. Sou gestante e/ou puérpera, devo tomar a vacina?

A imunização em grávidas é uma estratégia eficaz de proteção não apenas para a mãe, como também para a criança. De acordo com o Ministério da Saúde, estudos realizados demonstraram que a proteção contra o vírus influenza foi superior a 60% nos primeiros seis meses de vida dos bebês de mães vacinadas. O imunizante pode ser aplicado em qualquer idade gestacional, assim como em todas as mulheres no período até 45 dias após o parto.

7. Posso tomar outras vacinas junto com a da gripe?

Sim. A Influenza pode ser administrada na mesma ocasião de outras vacinas do Calendário Nacional de Vacinação, como a da Covid-19. O próprio Ministério da Saúde, em sua Nota Técnica, recomenda aproveitar a visita ao posto para atualização da caderneta.

8. Sou alérgico a ovo, posso tomar a vacina da gripe?

Segundo a orientação oficial da pasta, o imunizante pode ser aplicado sem necessidade de cuidados especiais naquelas pessoas que, após a ingestão do ovo, apresentam apenas urticária. Já para os alérgicos que alguma vez apresentaram sinais de anafilaxia, como angioedema, desconforto respiratório ou vômitos, é indicado que a vacinação seja feita em ambiente adequado para tratar possíveis manifestações e sob supervisão médica.

9. É verdade que, ao me vacinar, também protejo as pessoas ao meu redor?

Sim! Além da proteção individual, diminuindo o risco de contrair a doença ou, caso a infecção aconteça, de desenvolver complicações, há o benefício comunitário. Quanto mais pessoas vacinadas, menor será a circulação do vírus na sociedade, minimizando os riscos. E isso vale para todas as outras vacinas também.

10. Onde posso me vacinar contra a gripe?

Cerca de 40 mil postos de vacinação, espalhados em todos os municípios do Brasil, estão aptos para administrar o imunizante. Para garantir a sua dose, basta comparecer ao postinho mais próximo da sua casa ou trabalho, munido de um documento de identificação e, se possível, da carteira de vacinação.

Secretaria de Comunicação do Estado de São Paulo [email protected] (11) 2193-8520