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Agência Minas Gerais | Governo de Minas realiza obras no Projeto Jaíba com investimento de R$ 4,1 milhões 

Ter 14 março 2023 17:55 atualizado em Ter 14 março 2023 17:56

Governo de Minas realiza obras no Projeto Jaíba com investimento de R$ 4,1 milhões 

Maior perímetro irrigado em área contínua da AL, iniciativa abrange 43,8 mil hectares, com produção agrícola de 1,6 mil toneladas e geração de 32,8 mil empregos diretos

DIJ 2 / Divulgação download da imagem

Tiveram início, nesta semana, obras de reparo do principal canal de irrigação do Projeto Jaíba, no Norte de Minas. Os recursos destinados à reforma são de mais de R$ 4,1 milhões, em investimentos do Governo de Minas.  Equipe da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) esteve reunida com a companhia contratada para a realização dos serviços, dirigentes da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG) e representantes do Distrito de Irrigação do Jaíba 2 (DIJ 2), nesta terça-feira (14/3), para revisão dos termos contratuais e elucidação de dúvidas.   O Perímetro de Irrigação do Jaíba, localizado nos municípios de Jaíba e Matias Cardoso, é uma iniciativa pública, considerada o maior perímetro irrigado em área contínua da América Latina e o segundo maior do mundo. A estrutura capta água do rio São Francisco, armazena e distribui aos lotes agrícolas. Até o momento, estão implementadas as Etapas I e II do empreendimento, com abrangência de 43,8 mil hectares e produção anual de 1,6 milhão de toneladas. No local, são gerados cerca de 32,8 mil empregos diretos, com renda bruta de aproximadamente R$ 800 milhões.    Reparos O canal que passa por reparos, denominado CP3, tem extensão de 11,9 km, 20 metros de largura e 6 metros de profundidade, sendo responsável pela irrigação de 8 mil hectares de áreas produtivas.  A sua vazão pode chegar a até 20 metros cúbicos de água por segundo. A partir de ensaios geofísicos, foram identificados pontos de atenção na estrutura, com potenciais vazamentos, ao longo de 310 metros do sistema principal.  As obras são de alta complexidade, uma vez que o duto não pode ser esvaziado, e demandam tecnologia e mão de obra específicas, como a de mergulhadores.    Segurança  Para o subsecretário de Agricultura Familiar e Desenvolvimento Rural Sustentável, Ricardo Demicheli, o grande benefício dos restauros é a garantia de segurança aos agricultores do Projeto Jaíba e à população municipal, com aproximadamente 38 mil habitantes.  "Os vazamentos poderiam colocar em risco de inundação milhares de hectares de agricultura, além de interromper o fluxo da água para outras áreas irrigadas e para a sede do município. Com as obras, estamos garantindo confiança para os produtores rurais continuarem investindo nas suas propriedades", afirma.  A detecção da necessidade de recuperação do CP3 ocorreu após serem observados locais de excessiva umidade, com solo encharcado, na região da Etapa II do perímetro irrigado. A área total possui mais de 19 mil hectares, divididos em 684 lotes, pertencentes a 75 produtores rurais associados ao DIJ 2, entidade sem fins lucrativos, responsável pela administração da infraestrutura desta etapa.   Para corrigir os pontos de infiltração, serão realizados os serviços de dragagem com equipamento flutuante, a aplicação de colchão sintético geotêxtil e a injeção de argamassa coloidal. A empresa responsável pela execução foi contratada por meio de licitação, cujo processo ocorreu em janeiro de 2023. A previsão de conclusão é de 120 dias.  Investimentos  Além das obras de recuperação do CP3, o secretário de Agricultura de Minas Gerais, Thales Fernandes, anunciou mais investimentos no Projeto Jaíba, em reunião realizada no fim de 2022, com o prefeito do município, Reginaldo Antônio da Silva, e gestores municipais. Outro destaque são as obras de macrodrenagem da Etapa II do Projeto Jaíba. A intervenção visa cessar e prevenir inundações em uma área de cerca de 3 mil hectares.   Fruticultura  O Perímetro de Irrigação do Jaíba, ou Projeto Jaíba, é resultado de  parceria entre a União, por meio da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), e o Governo de Minas, pela Seapa.  Atualmente, a área é um dos principais polos de fruticultura do estado e conta também com lavouras olerícolas e de feijão, feno e cana-de-açúcar.  

 
 
   

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