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Agência Minas Gerais | Projeto Pró-Espécies seleciona consultoria para estratégia de comunicação para controle e monitoramento de javalis na Serra do Espinhaço

Sex 10 março 2023 12:40 atualizado em Sex 10 março 2023 12:39

Projeto Pró-Espécies seleciona consultoria para estratégia de comunicação para controle e monitoramento de javalis na Serra do Espinhaço

Interessados têm até esta sexta-feira (10/3) para enviar a proposta

webandi / Pixabay

O Plano de Ação Territorial (PAT) do Espinhaço Mineiro está selecionando empresas para a elaboração e implementação de uma estratégia de comunicação para a prevenção, controle e monitoramento de javalis/javaporcos na Reserva da Biosfera da Serra do Espinhaço. O trabalho é realizado no âmbito do Projeto Pró-Espécies: Todos contra a extinção. O período estimado da consultoria será de março a dezembro de 2023. O PAT Espinhaço Mineiro é constituído por mais de 40 ações, sendo sua maioria contemplada com recursos do próprio Projeto Pró-Espécies para apoio à implementação. Uma dessas é a que prevê a implementação de uma estratégia de comunicação para as ações de prevenção, controle e monitoramento de javalis na Reserva da Biosfera da Serra do Espinhaço, com foco nos mosaicos da Serra do Cipó e Jequitinhonha, na Serra do Cabral. O javali (Sus scrofa) é uma espécie de porco selvagem nativo da Europa, Ásia e norte da África e foi introduzido na América do Sul no início do século 20, onde se tornou uma espécie exótica invasora. Atualmente, os javalis estão entre as cem espécies invasoras que causam os danos mais significativos à biodiversidade. Além de danos à flora e fauna nativa, eles também atuam no desencadeamento de processos erosivos e assoreamento de corpos d’água. São também responsáveis por prejuízos na produção agrícola e representam um grave risco sanitário para a atividade pecuária. A Estratégia Nacional para a Conservação de Espécies Ameaçadas de Extinção Pró-Espécies: Todos contra a extinção é uma iniciativa do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) que tem como objetivo adotar ações de prevenção, conservação, manejo e gestão para minimizar as ameaças, o risco de extinção e melhorar o estado de conservação das espécies ameaçadas. A coordenadora do PAT pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF), Gabriela Cristina Barbosa, explica que o instituto foi convidado a participar do Projeto Pró-Espécies e promoveu a elaboração do Plano de Ação Territorial para a Conservação de Espécies Ameaçadas de Extinção do território denominado então como “Espinhaço Mineiro”. “Este PAT visa melhorar o estado de conservação e conhecimento sobre as espécies ameaçadas de extinção, por meio do envolvimento de diversos atores, de maneira a promover a mitigação dos impactos diretos e indiretos causados pelos principais vetores de pressão que incidem sobre as espécies alvo do plano” observa. Os interessados na elaboração e implementação de uma estratégia de comunicação para a prevenção, controle e monitoramento de javalis/javaporcos devem enviar a proposta até esta sexta-feira (10/3). Acesse para mais informações sobre a carta convite. Projeto Pró-Espécies O projeto Pró-Espécies é financiado pelo Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF, da sigla em inglês para Global Environment Facility Trust Fund), coordenado pelo Departamento de Conservação e Uso Sustentável da Biodiversidade (Despi) e implementado pelo Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio), sendo o WWF-Brasil a agência executora. O território do PAT Espinhaço Mineiro abrange uma área com 105.251 quilômetros quadrados, perpassando os biomas Caatinga, Cerrado e Mata Atlântica. São alvo desse PAT 24 espécies Criticamente em Perigo (CR), sendo 19 espécies da flora, três espécies de peixes e duas espécies de invertebrados, entretanto, os efeitos positivos das ações do plano também serão refletidos em, pelo menos, 1.787 outras espécies ameaçadas presentes no território (espécies beneficiadas). O projeto trabalha em conjunto com 13 estados brasileiros (Minas Gerais, Maranhão, Bahia, Pará, Amazonas, Tocantins, Goiás, Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo) para desenvolver estratégias de conservação em 24 territórios, totalizando 9 milhões de hectares. Ele prioriza a integração da União e estados na implementação de políticas públicas, assim como procura alavancar iniciativas para reduzir as ameaças e melhorar o estado de conservação de pelo menos 290 espécies categorizadas como Criticamente em Perigo e que não contam com nenhum instrumento de conservação.

 
 
   

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