Um dos primeiros atos do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), animou o empresário Rafael Mota, presidente da Jumper. Ele acredita que o decreto que revoga normas que facilitavam acesso a armas e munição pela população civil vai aumentar a procura pelos serviços de segurança privada.
“A empresa, com certeza, vai colher frutos deste novo governo, que quer desarmar a população”, avalia Mota. A medida assinada por Lula logo depois de tomar posse do cargo, em 1º de janeiro, suspende novos registros de armas e clubes de tiro e restringe tamanho do arsenal permitido a civis.
“As pessoas terão de correr mais atrás de segurança privada não podendo mais, vamos colocar entre aspas, se proteger. Condomínios vão ter de tomar ações melhores, pessoas vão ter de contratar seguranças pessoais, que andam armados. Para o mercado de segurança, é muito bom. Não tem do que se queixar”, completa.
A Jumper oferece ao mercado vigilantes de segurança pessoal privada, chamados popularmente de guarda-costas e também conhecidos pela sigla VSPP. A contratação deste serviço, que garante proteção por 24 horas diárias, nunca sai por menos de R$ 25 mil por mês. O valor aumenta dependendo da formação do agente, que pode, por exemplo, falar idioma estrangeiro caso seja exigência do cliente.
Para atuar como VSPP, o profissional precisa passar por formação em curso de vigilante em escola autorizada pela Polícia Federal. Além de dominar técnicas de imobilização e defesa pessoal, o agente precisa de coragem, disciplina e capacidade de observação, além de saber manusear e disparar armas de fogo.