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Ministro de Lula apoiou impeachment de Dilma e elogiou Bolsonaro

Ministro de Lula apoiou impeachment de Dilma e elogiou ações de Bolsonaro

Em 2016, foi o deputado número 208 a votar a favor da abertura de impeachment contra Dilma na sessão da Câmara comandada pelo então deputado Eduardo Cunha (à época, no MDB-RJ)

Por Folhapress Publicado 29/12/2022 Foto: Reprodução

Anunciado nesta quinta-feira (29) pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para o Ministério das Comunicações, Juscelino Filho (União Brasil) votou pelo impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) em 2016 e fazia elogios à gestão de Jair Bolsonaro (PL) no governo federal.

Deputado federal eleito para o terceiro mandato em outubro, Juscelino é filho de um ex-deputado estadual e passou a maior parte da sua vida política no PFL/DEM, de oposição histórica aos governos do PT, que se fundiu ao PSL e se tornou a União Brasil.

 
 
   

Em 2016, foi o deputado número 208 a votar a favor da abertura de impeachment contra Dilma na sessão da Câmara comandada pelo então deputado Eduardo Cunha (à época, no MDB-RJ).“Pela minha família, pelos meus amigos, pelos meus colegas médicos, pelo povo do meu querido estado do Maranhão que me deu a oportunidade de representá-lo hoje nesse momento histórico”, disse ele, ao votar. “Por um futuro melhor para o nosso Brasil, meu voto é sim [pelo impeachment].”

Em seguida, nas redes sociais, ironizou Lula quando o deputado pernambucano Bruno Araújo (PSDB) deu o voto decisivo para a abertura do processo de impeachment. “O estado que viu nascer Lula foi o mesmo que o derrubou!”

Nos últimos anos, Juscelino publicou em suas redes sociais imagens de eventos com a participação do presidente Jair Bolsonaro e elogios à gestão do mandatário, inclusive sobre medidas relacionadas à pandemia de Covid-19.

“Segundo o presidente Jair Bolsonaro, o projeto da renda emergencial será sancionado hoje. Que a burocracia para se pagar o benefício seja vencida logo. Bolsonaro também confirmou a edição de três importantes medidas provisórias. Proteger vidas e empregos, esse é o caminho”, disse, em abril de 2020.

Em outubro do mesmo ano, ele disse ter ficado feliz em contribuir para um feito reconhecido por Bolsonaro e pelo então ministro Tarcísio Freitas, atualmente governador eleito de São Paulo: a destinação de emendas para obras de infraestrutura no estado.

Na ocasião, ele participou de evento com Bolsonaro na cidade de Imperatriz (MA).O futuro ministro foi um dos parlamentares privilegiados com emendas orçamentárias durante o governo Bolsonaro.

Em 2022, ele indicou R$ 16,4 milhões em verbas de emenda do relator, uma reserva do orçamento que foi considerada inconstitucional pelo STF (Supremo Tribunal Federal). Praticamente toda a verba foi destinada a fundos de saúde de prefeituras do Maranhão.

Durante a campanha, Lula chamou esse tipo de emenda de “maior esquema de corrupção da história do país”.

O petista e seus auxiliares modularam o discurso após a vitória para evitar conflitos com o Legislativo, especialmente com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Desde então, passaram a defender um “pacto” para melhorar o uso da verba.

De 2019 a 2021 Juscelino ainda indicou ao menos R$ 76,5 milhões em emendas, principalmente do grupo “do relator”.

Caso tivesse acesso apenas às emendas individuais, o deputado poderia direcionar no máximo cerca de R$ 16 milhões por ano, sendo que metade deveria ir para a saúde.

Do valor indicado por Juscelino, cerca de R$ 13,5 milhões foi empenhado para obras em vias de Vitorino Freire (MA), cidade comandada por Luanna (União Brasil), irmã do parlamentar, que está no segundo mandato.

Agora, após a indicação ao ministério, Juscelino Filho adaptou o seu discurso em defesa de Lula. Depois do anúncio, disse nas redes sociais que recebeu “com enorme honra a missão de ser ministro das Comunicações do governo do presidente Lula”.

“Tenho consciência da importância deste desafio e, com otimismo e esperança no futuro, reitero minha disposição e meu compromisso com o Brasil”, afirmou.

Juscelino não é o único ministro anunciado de Lula que votou pelo impeachment de Dilma. André de Paula (PSD-PE), que foi anunciado como ministro da Pesca, também foi favorável sob a justificativa de que votava “pela ética na política, pela decência, por Pernambuco e pelo Brasil”.

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