Uma preocupação compartilhada por pais está em como proteger seus filhos das crescentes ameaças do mundo digital, seja em crimes que surgem online, seja com conteúdos maliciosos que visam enganá-los pela inocência.
“Hoje, o velho ditado de ‘não aceitar nada de desconhecidos’ ganha sua versão digital. Um smartphone ou notebook é tão perigoso quanto uma rua – ou até mais. As telas aumentam as possibilidades de violações contra as crianças”, afirma Allan Costa, vice-presidente da ISH Tecnologia, referência nacional em cibersegurança.
Conscientizar crianças sobre a necessidade de cuidado com seus dados é um desafio. Pensando nisso, a ISH criou um pequeno manual com sugestões de como abordar o tema da cibersegurança com elas. Confira alguns pontos.
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1. Seja o exemplo
“Para que uma criança tenha a mínima noção da importância da cibersegurança, é fundamental que isso venha de alguém em que ela confie”, explica Costa. Aqui, a chave é proatividade: sempre buscar se informar dos principais riscos cibernéticos e como se defender deles, para que as dicas dada ao seu filho venham de alguém com autoridade no que fala. O mundo da cibersegurança é vasto, mas ter conhecimento do básico e de boas práticas simples, já faz muito para proteger toda a família.
2. Simplifique termos como “malware” e “engenharia social”
“Se para pessoas que já trabalham na área, às vezes, as nomenclaturas podem soar confusas, imagine para uma criança. Por isso, o importante é traduzir no que consistem esses golpes, aproximando-os da realidade dos pequenos”, aponta Costa.
Uma das formas de se fazer isso é explicando que golpes desse tipo muitas vezes vem disfarçados e buscam estabelecer uma conexão pessoal com a vítima. “Ao se deparar com um link malicioso, a criança não verá nele exposto uma caveira enorme de alerta”, ressalta o especialista.
3. Monitore o uso das redes sociais
Um perfil em uma rede social pode dar início a um ataque sem que qualquer tipo de malware seja disparado, apenas checando neles dados como e-mail, nome de familiares e opções de lazer preferidas. É importante que os pais também tenham acesso à conta de seus filhos, para fazer a análise de questões como o que está sendo publicado e que informações estão disponíveis.
Perfis fakes também merecem cuidado. É válido checar a lista de amigos, e de quem os pequenos estão recebendo mensagens, à procura de eventuais desconhecidos.
4. Cuidado com jogos online
Costa explica que o perigo não está necessariamente nos jogos em si, que já são desenvolvidos, em sua maior parte, com políticas antipirataria. O problema está no conteúdo produzido sobre eles. Alerta para a existência de supostos tutoriais na internet, que prometem vantagens e macetes para os jogadores. Porém, os links redirecionam a vírus que distribuem arquivos maliciosos na máquina.
A questão também possui um agravante. Considerando o contexto de home office e trabalho híbrido, muitas crianças utilizam os computadores dos pais para jogar. Nesse caso, um malware baixado pode afetar servidores corporativos e vazar dados sensíveis.
5. Apresente os gerenciadores de senha
Construir uma senha forte e não repeti-la segue sendo um desafio para os usuários de todas as idades. Para evitar isso, um gerenciador de senhas deixa armazenadas as combinações mais complexas, e evita que crianças utilizem códigos muito simples e fáceis de serem quebrados.
Costa também destaca que esses gerenciadores podem ser personalizados, restringindo o acesso dos jovens a logins de aplicativos mais sensíveis, como instituições bancárias.
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