A presidenciável Simone Tebet participou hoje (1º), da série de encontros que a Fiesp e o Ciesp estão promovendo com os candidatos à Presidência da República e ao Governo do Estado de São Paulo. Ciro Gomes e Luiz Felipe D’àvila (Novo) foram os primeiros presidenciáveis ouvidos pelos empresários e diretores das duas entidades.
A candidata respondeu a uma lista única de perguntas elaborada para todos os candidatos e que aborda, dentre outras coisas, questões relacionadas à Reforma Tributária, à educação, à infraestrutura e à habitação no país.
Simone destacou, por exemplo, ser completamente favorável a retomada dos projetos de ferrovias para o país. De acordo com ela hoje existem 40 projetos para ferrovias no país, sendo que 23 podem ser considerados como “filé mignon”. A candidata lembrou que estimativas dão conta de que há US$ 40 trilhões em fundos privados no mundo aguardando oportunidades de investimentos e frisou que 1% deste volume já significaria US$ 1 trilhão em investimentos para o país. “Esses investimentos só não acontecem hoje porque não temos estabilidade macroeconômica, não temos segurança jurídica e não temos economia verde. Imagine esse dinheiro ao lado da iniciativa privada, rasgando o Brasil de Norte a Sul, de Leste a Oeste”, disse Tebet.
Ela afirma que o investimento em ferrovias poderia gerar até 2,5 milhões de empregos diretos em um prazo estimado de 10 anos, além de aumentar o PIB (Produto Interno Bruto) do país.
Sobre a Reforma Tributária, a candidata lembrou que há mais de 30 anos o país aguarda pela aprovação de um projeto que contemple a mudança e que as iniciativas não estariam saindo do papel por causa da quantidade de detalhes exigidos. Segundo ela, o projeto que já foi discutido na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado e em audiências públicas, embora não seja ideal, é muito boa. De acordo com ela, a desigualdade que a reforma geraria entre os estados poderá ser sanada com um Fundo Nacional de Compensação para estados que teriam perdas com a mudança.
A candidata também incentivou os empresários do ramo da indústria a fazerem um lobby dentro do Congresso Nacional, o que em sua visão é um direito “pelo bem do Brasil”.
“Nós temos condições de aprovar a reforma tributária nos próximos seis meses. Isso não é discurso de candidato porque é uma questão simples. Se não aprovar a reforma nos seis primeiros meses do mandato, a gente não aprova mais. E não vamos nos preocupar com os detalhes, por favor. Os detalhes a gente resolve depois. O inimigo do bom é o ótimo. A reforma tributária está muito boa e foi feita pelos melhores especialistas do Brasil. Se não aprovarmos, não vamos aprovar nunca mais e o Brasil vai sucumbir”, disse a senadora.
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