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Eleição para a presidência da Câmara de CG coloca Jhony Bezerra em rota de colisão com a oposição

Jhony Bezerra é entrevistado na Sabatina Jornal da Paraíba CBN. Anne Suênia

A disputa pela presidência da Câmara Municipal de Campina Grande começa a movimentar os bastidores políticos da cidade. Nessa quarta-feira (05), declarações de ambos os lados esquentaram o clima entre lideranças locais.

Em entrevista concedida em João Pessoa, Jhony Bezerra (PSB), ex-candidato a prefeito da cidade, criticou a decisão de alguns parlamentares da bancada de oposição (PSB e Republicanos) que teriam declarado apoio a Alexandre do Sindicato (União Brasil), nome alinhado ao prefeito Bruno Cunha Lima (União Brasil), na eleição para a presidência da Casa de Félix Araújo.

 
 
   

Jhony reforçou que os vereadores ligados ao governador João Azevêdo, especialmente aqueles do PSB, deveriam manter a coesão partidária e apoiar uma candidatura que representasse isenção e evitasse a influência direta do prefeito sobre o legislativo municipal.

Segundo informações do Blog Pleno Poder, pelo menos cinco dos 11 vereadores de oposição teriam manifestado intenção de votar em Alexandre na eleição para a presidência da Câmara, marcada para 1º de janeiro. Essa postura gerou insatisfação aos “caciques” do Republicanos e do PSB, que prometeram emitir uma nota até amanhã com recomendações sobre o pleito.

Jhony destacou que o partido não aceita um possível apoio a Alexandre, devido ao histórico do vereador de críticas ao governador e sua proximidade política com Bruno Cunha Lima. Para o ex-prefeitável, o momento exige que a oposição defenda os interesses do partido e do projeto político liderado por Azevêdo.

Alexandre responde às críticas

(Foto: Divulgação)

Em contraponto, Alexandre do Sindicato reagiu às declarações de Jhony durante evento da Associação Comercial e Empresarial de Campina Grande (ACCG). O vereador minimizou a influência externa, afirmando que a decisão sobre a eleição cabe exclusivamente aos 23 parlamentares eleitos.

“Quem não colocou o nome à disposição deve respeitar a liberdade dos colegas para escolherem o candidato que considerarem mais adequado”, afirmou Alexandre, reforçando a autonomia do legislativo municipal.

É inerente ao jogo político que a oposição, a qual Jhony representa, busque um nome neutro, que atenda aos interesses das duas bancadas, assim como também é normal que a situação, na figura do prefeito, busque um chefe do Poder Legislativo que seja alinhado às suas ideias para que com isso tenha um maior índice de governabilidade.

É importante ressaltar que as decisões do parlamento são frutos de articulações entre os próprios vereadores. Qualquer tentativa de interferência externa, embora comum, é totalmente prejudicial ao processo.

Texto: Pedro Pereira