Com R$ 21 mil do Banco do Povo, barbeiro em SP sai do aluguel e investe em novo ponto | Governo do Estado de São Paulo

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Barbeiro há 15 anos, Abner Andrade, de 37, bancava sozinho o aluguel de um pequeno salão em Pirituba, na zona norte de São Paulo. Em junho, Abner teve seu pedido de crédito de R$ 21 mil aprovado no Banco do Povo, programa de Microcrédito Produtivo mantido pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico, e que emprestou, este ano, R$ 122,8 milhões.

O foco do Banco do Povo é atender justamente quem não tem acesso a um banco comercial. Por isso, os valores disponibilizados começam a partir dos R$ 200 – e vão até os R$ 21 mil. E mesmo as menores quantias fazem muita diferença nos pequenos negócios.

Agora, o barbeiro se muda para um imóvel próprio, em uma localização essencial para que possa crescer: na rua de um novo condomínio em uma região com poucos serviços e bastante adensada em Pirituba. Ele diz que procurou crédito em outras instituições, mas não conseguiu por conta do score.

“Achei bastante vantajoso em questão de acesso e juros. Não tenho o que reclamar”, avalia.

A quantia vai ser destinada para a finalização de sua própria barbearia, especificamente na compra de cadeira, lavatório e outros móveis necessários.

“Assim que os prédios estiverem prontos, já quero estar trabalhando para fazer meu nome, conseguir a clientela que eu desejo e aumentar meu faturamento”, conta.

Abner se aproximou da profissão aos 15 anos, por causa de um sonho do pai. “Ele sonhou que eu estava cortando cabelo e, depois disso, ele me pagou um curso básico de cabeleireiro. Terminei o curso, mas como todo adolescente rebelde, não dei continuidade. Com as obrigações da vida adulta batendo, comecei a trabalhar como auxiliar de cabeleireiro em salões de nome”, conta.

Mas a vontade dele era atuar no bairro em que conhecia todo mundo e ver seu trabalho contribuindo para a comunidade. “Ali, me senti mais confortável. Eu corto cabelo e minha esposa faz unhas. Tenho três filhos e por eles faço o melhor para ter uma vida mais digna e responsável”, conclui.