Em 100 dias de administração, o Governo de São Paulo avançou no diálogo com atores internacionais. O objetivo foi estreitar laços com outros países e bancos multilaterais, além de atrair investimentos para alavancar o desenvolvimento do Estado, dentro da reconfiguração das cadeias globais de valor. Outra ação de destaque são os esforços para facilitar o comércio exterior paulista. Essas atividades estão sob responsabilidade da Secretaria de Negócios Internacionais, criada pela atual gestão.
Diante disso, foram alcançados avanços na formulação de políticas públicas para o comércio exterior paulista e na promoção de investimentos, com a apresentação de uma carteira de projetos de R$ 180 bilhões. Trata-se de concessões e parcerias público-privadas enquadradas no Programa de Parcerias de Investimentos do Estado de São Paulo (PPI-SP), no desenvolvimento de instrumentos financeiros e no diálogo com elos da cadeia produtiva para identificação de desafios e formulação de políticas e soluções.
A promoção e atração de investimentos para o Estado de São Paulo passou por duas missões internacionais: o Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, onde o governador Tarcísio de Freitas se reuniu com 38 CEOs globais, chefes de Estado, organismos internacionais e fundos soberanos em busca de investimentos para a unidade federativa. A missão, realizada em janeiro, já resultou em 20 tratativas presenciais em São Paulo.
Mais recentemente, em março, o governador paulista liderou uma segunda missão à Europa, com foco na atração de investimentos do exterior. A equipe do Governo de SP esteve em Londres (Inglaterra), Madri (Espanha) e Paris (França) para agendas de alto nível, com foco no mercado financeiro, em roadshows empresariais para apresentação do portfólio de concessões e PPPs do Estado e encontros bilaterais com empresas de diversos setores.
“Estamos trabalhando para mostrar ao mundo o potencial de São Paulo e o quanto podemos ser parceiros nessa integração das novas cadeias produtivas. São Paulo é um destino interessantíssimo para as empresas estrangeiras que queiram investir aqui e estamos prontos para darmos as condições para que isso aconteça, o que trará empregos e mais desenvolvimento para o Estado”, destaca o governador Tarcísio de Freitas.
Articulação
Também na frente de atração de investimentos, a Secretaria de Negócios Internacionais trabalha na prospecção de bancos multilaterais para financiamento das PPPs. Reuniões constantes com o Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF), Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Banco Mundial, Novo Banco de Desenvolvimento (“Banco dos Brics”) e Fundo Financeiro para Desenvolvimento da Bacia do Prata (Fonplata) buscam conferir mais assertividade na busca por funding externo para a prateleira de projetos prioritários do estado de São Paulo. A SENI trabalha, ainda, junto ao BID e à Desenvolve SP na criação de instrumentos de finanças verdes do estado de São Paulo, os green bonds.
A pasta também organizou encontros com empresários de diversos segmentos e que são potenciais investidores em São Paulo, a exemplo das comitivas que trouxeram representantes de mais de 50 empresas alemãs para reuniões com o governador Tarcísio de Freitas no mês de março. “São Paulo é um estado comprometido com a preservação ambiental. Os projetos de concessões, privatizações e PPPs têm provisões muito claras quanto à emissão de carbono, por exemplo. Queremos que a modernização do parque industrial do estado seja verde, sustentável e tecnológica”, explica o secretário de Negócios Internacionais, Lucas Ferraz.
Auxílio à exportação
Outra medida foi avançar na melhoria do ambiente para exportação. Nesta linha, foram iniciados os estudos para a implementação de um mecanismo que suspende a cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) de insumos relacionados à exportação, por meio de uma ação conjunta entre as Secretarias de Negócios Internacionais e de Fazenda e Planejamento. A medida é apontada como uma possível solução para pequenos e médios empresários paulistas que queiram exportar.
“São Paulo pode exportar muito mais. Estamos debruçados na identificação dos gargalos de exportação e nas possibilidades que temos para as empresas paulistas lá fora”, afirma Lucas Ferraz.
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