Primeira capacitação do Família Acolhedora do ano registra mais de 20 crianças e adolescentes inseridos no serviço – CGNotícias

A primeira reunião de 2025 do Serviço de Acolhimento em Família Acolhedora da Secretaria de Assistência Social e Cidadania (SAS) divulgou um balanço que superou a expectativa da equipe responsável pelo serviço realizado no município.

De acordo com dados dos últimos 12 meses do serviço, 21 crianças/adolescentes foram inseridas no Família Acolhedora, com dez adoções concretizadas, uma reintegração familiar em família extensa bem sucedida, oito crianças e um adolescente ativos no serviço. No período também foi registrado índice de 50% de sucesso nos casos de adoção. Apenas duas crianças não apresentaram adaptação ao serviço, sendo transferidas para unidades de acolhimento institucional.

A primeira reunião do ano com os participantes do serviço ainda teve como tema o momento de despedida, quando ocorre a entrega dos acolhidos à família adotiva.

Durante o encontro, as famílias acolhedoras enfatizaram a importância da construção de um protocolo a ser criado em conjunto com as famílias ativas no serviço, para o momento do primeiro contato e encontros entre a criança ou adolescente acolhido e sua nova família definitiva.

“Para os participantes do serviço, o afeto é presente em todo acolhimento, sendo norteador do acolhimento temporário, onde estas famílias proporcionam cuidados com toda dedicação e amor a estas crianças e adolescentes”, destacou a superintendente da Proteção Social Especial, Tereza Cristina Miglioli Bauermeister. Ela ainda enfatizou que, caso não seja possível a reinserção no lar originário, os menores são inseridos no cadastro nacional de adoção e permanecem em família acolhedora até a chegada da sua nova família substituta na modalidade adoção.

A coordenadora do serviço em Família Acolhedora, Fabiana Duarte Costa, explica que a família acolhedora em conjunto com a equipe técnica irá participar ativamente do primeiro contato entre a possível família adotiva e a criança.

“Acreditamos que uma aproximação entre família acolhedora e a família adotiva será uma ponte para uma nova história na vida destes acolhidos que são em sua grande maioria, frutos de situações de violências e negligências graves que ocasionaram na destituição do poder familiar e resultaram em sua colocação judicial para família substituta na modalidade adoção”, disse.

A adoção é conduzida pelo núcleo de adoção do Fórum da Capital, interligado ao Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, que após vinculado em seu sistema famílias compatíveis, inicia a aproximação entre a criança ou adolescente e a família pretendente.

Também durante a reunião, foi discutida a possibilidade das famílias adotivas pretendentes serem recebidas nas residências das famílias acolhedoras para estreitamento e construção do vínculo nestes momentos de aproximação.

Presente no encontro, a secretária de Assistência Social e Cidadania, Camilla Nascimento, elogiou a disposição dos participantes do serviço, em contribuir com o processo de reintegração familiar das crianças, oferecendo um lar estruturado até que a Justiça decida sobre o futuro do menor acolhido.  

“O trabalho desenvolvido por esses profissionais é essencial e especial, pois oferece um suporte muito importante para o fortalecimento emocional dessas crianças”, pontuou a secretária.

As famílias ativas no serviço também trocaram experiências, compartilhando histórias de sucessos nas diversas adoções proporcionadas pelo Família Acolhedora. Entre os relatos, está o da servidora pública Eva Regina Oruê, que participa do serviço pela segunda vez. Ela conta que tem 3 filhos adultos e sentia falta da presença de uma criança em casa.

Ao descobrir o serviço por meio da mídia local há seis meses, Eva buscou informações na SAS e hoje já acolhe a segunda criança, uma menina de dez anos. A primeira criança acolhida por ela foi uma menina de quatro anos que ficou apenas três meses com a família, tempo suficiente para criar um forte vínculo.

“Nós sentimos quando ela foi embora, mas ficamos felizes porque foi possível ela retornar ao lar originário. Foi uma experiência ótima porque recebemos todo o apoio emocional da equipe. Aprendemos muito com as crianças, é uma troca, mas principalmente ficamos felizes com a oportunidade de oferecer a elas o aconchego de um lar”, ressaltou.

Saiba Mais

As famílias acolhedoras são pessoas da comunidade, habilitadas e acompanhadas pela equipe técnica de assistência social, psicólogos e o Poder Judiciário, recebendo a guarda provisória do acolhido com o dever de garantir suas necessidades básicas, como escola, cuidados médicos, alimentação, vestuário e lazer.

Para participar do serviço é preciso ter idade entre 21 e 60 anos e não ter a intenção de adoção. A criança ou adolescente podem ser acolhidos até no máximo 18 meses. Além disso, independentemente da condição econômica, a família tem a garantia de recebimento de bolsa auxílio no valor de um salário mínimo por acolhido durante o período de acolhimento.

A principal vantagem do serviço é permitir à criança ou adolescente, a possibilidade de ter um atendimento individualizado, com um referencial de família organizada e estruturada, além de oportunizar a criação de vínculos afetivos, diferente do que ocorre nas unidades de acolhimento, onde as separações dos profissionais e colegas são constantes.

Mais informações podem ser obtidas pelos telefones (67) 3314-4482 ramal 6154 e celular (67) 99668-1448.



#PraTodosVerem
: Na matéria há duas imagens: a primeira, usada na capa, mostra profissionais da SAS e participantes da primeira reunião de 2025 do Serviço de Acolhimento em Família Acolhedora; a segunda registra a secretária Municipal de Assistência Social, Camilla Nascimento, durante pronunciamento aos participantes.