O fotógrafo Cácio Murilo registrou a passagem de um cometa no céu de João Pessoa, na segunda-feira (20). O registro foi feito no Distrito Industrial de João Pessoa.

Ao Jornal da Paraíba, Cácio comentou que sempre foi fascinado pelos mistérios do cosmos e tem uma paixão por observar o céu noturno. Ele utilizou um aplicativo que informa a localização e o período exato de fenômenos astronômicos, o que tornou fácil identificar a posição do cometa no céu.

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O cometa apresentava uma luminosidade bastante tênue, mas, com um pouco de esforço, era possível enxergá-lo a olho nu. No entanto, as câmeras fotográficas modernas são capazes de captar detalhes impressionantes mesmo em condições de pouca luz.

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O professor de Física formado pela Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) e mestre em cosmologia, Felipe Sérvulo, explicou que o cometa que o fotógrafo capturou não foi o “Cometa do século”, esse é o C/2023 A3. O corpo celeste registrado por Cácio foi o cometa Atlas C/2024 G3

O G3 é um cometa não periódico, ou seja, é um objeto que não tem uma velocidade alta o suficiente para escapar do Sistema Solar. Ele foi descoberto em 30 de outubro de 2024 e é considerado o cometa do ano de 2025, o mais brilhante até o momento.

Nestes últimos dias, o cometa atingiu uma magnitude negativa, ou seja, está sendo visível perfeitamente a olho nu de alguns lugares.

Cácio explicou que para tornar a composição fotográfica mais envolvente, buscou incluir elementos que conectassem a imagem ao seu entorno e adicionassem significado.

Por isso, escolhi registrar o cometa tendo como pano de fundo as turbinas de geração de energia eólica do distrito industrial de João Pessoa. Essa escolha, além de criar uma conexão simbólica entre a imensidão do cosmos e os avanços tecnológicos humanos, confere referência geográfica a imagem

Segundo Cácio, a câmera estava montada em um tripé, e ele utilizou uma lente objetiva.

Como observar o Cometa Atlas?

Felipe Sérvulo explicou que para ver o Cometa Atlas, é necessário que se esteja em um local afastado das luzes e dos grandes centros, e que o horizonte oeste (poente) esteja desobstruído de nuvens.