Você marcou seu primeiro gol na Copa do Mundo na vitória de 4 a 1 sobre Angola, três anos atrás. Como foi essa sensação?
Arnaldo Baez: Marcar um gol em uma Copa do Mundo é a sensação mais especial de todas. Representar seu país em uma Copa do Mundo já é uma motivação e um prazer muito grandes. Marcar gols nela é algo que não dá para explicar, e eu só espero poder marcar mais gols nesta próxima Copa do Mundo. Assista ao gol AQUI.
O que passou pela sua cabeça quando a bola entrou na rede?
Tantas coisas passaram pela minha cabeça, tantos momentos, todo o tempo que passamos nos preparando para aquela Copa do Mundo porque foi muito difícil. Além disso, todo o esforço que eu tinha feito pessoalmente na minha carreira para chegar àquele ponto fez tudo valer a pena. O que passa pela sua cabeça são todos os momentos e todos os sentimentos que você teve antes da Copa do Mundo.
Como está a preparação para o Uzbequistão 2024?
Eu diria que está indo muito bem, considerando que tem sido um período difícil para nós no futsal recentemente. Estamos saindo de uma campanha de qualificação muito difícil, na qual não deixamos a melhor imagem, mas ainda conseguimos nos classificar para a Copa do Mundo. Agora estamos trabalhando em todos esses pequenos detalhes para que possamos entregar uma exibição muito melhor na Copa do Mundo.
Parece que todos vocês tinham esperanças de se sair melhor na Copa América?
É exatamente isso. Na Copa América anterior chegamos à final e perdemos para a Argentina, mas neste caso, jogando em casa novamente, terminamos em quarto e não fizemos uma campanha muito boa. Estamos trabalhando e nos preparando muito para corrigir todos os pontos negativos e competir da melhor forma possível na Copa do Mundo.
O que você acha dos seus adversários no grupo: Uzbequistão, Holanda e Costa Rica?
Eles são todos oponentes muito difíceis, mas também aqueles que não conhecemos muito bem. O Uzbequistão é obviamente o anfitrião, a Holanda é boa, e a Costa Rica é um time físico, difícil de jogar contra. Estamos nos preparando porque sabemos que será um grupo difícil, mas também acreditamos que podemos terminar em primeiro. Estamos muito focados nisso e cobrindo cada pequeno detalhe para conseguir atingir esse objetivo.
Você gosta do fato de enfrentar o país anfitrião?
Realmente não é problema para mim. Se alguma coisa, acrescenta motivação extra contra o time da casa com seus fãs. Pessoalmente, estou totalmente bem com isso e ansioso para jogar contra os anfitriões.
O que o Paraguai precisa fazer para ir longe em uma Copa do Mundo?
Acho que o que aconteceu conosco na última Copa do Mundo é que nas oitavas de final contra a Argentina, jogamos nosso melhor primeiro tempo da Copa do Mundo, mas quando a Argentina marcou seu primeiro gol, fomos ladeira abaixo. Neste caso, precisamos administrar melhor os sentimentos e as oscilações que surgem nos jogos. Se formos capazes de nos reagrupar quando enfrentarmos problemas, teremos uma Copa do Mundo muito melhor.
Quais são os pontos fortes desta seleção paraguaia?
O Paraguai sempre foi caracterizado por ser um time trabalhador que luta por cada bola. Acho que recentemente perdemos um pouco disso, então precisamos recuperar essa identidade que nos caracterizou como time e país.
Quem são seus ídolos do futsal?
Não sou de necessariamente ter ídolos, mas um jogador que admiro é Adolfito, que joga no Barcelona. Ele é uma estrela em todos os sentidos. Ele é incrível.
Há algum jogador ou time que você esteja ansioso para enfrentar?
Todos os jogadores têm a esperança de enfrentar os melhores jogadores do nosso esporte, mas agora estamos apenas nos preparando para enfrentar os adversários do nosso grupo porque todos são bons times. Não importa quem acabemos enfrentando, nos prepararemos para isso e tentaremos competir da melhor maneira.
Há muita empolgação entre seus companheiros de equipe em viajar para um destino tão distante como o Uzbequistão para uma Copa do Mundo?
Estávamos falando sobre isso entre nós hoje mais cedo, na verdade, e dizendo: ‘Isso é muito longe para viajar para uma Copa do Mundo!’ Sabemos que serão muitas horas de viagem, mas estou muito curioso para ver o que há no país e como é. Também é uma parte do mundo em que o futsal está crescendo e eles estão se tornando muito competitivos. Cazaquistão, Uzbequistão, eles têm feito um trabalho muito bom, então veremos como será.