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Governo do Estado fez anúncios, mas acumulou crises nas últimas semanas

divulgação/Secom-PB

Todo Governo procura ter uma agenda positiva. É natural a construção disso com anúncios de obras, projetos, a entrega de serviços e outros eventos que ajudam na construção da imagem das gestões. Desde o início do ano o Governo do Estado tem buscado esse caminho.

Reuniu prefeitos para anunciar R$ 11 bilhões em projetos e alardeou o reajuste linear de 5% para o funcionalismo estadual. Um aumento tímido, aliás, considerando os 4,83% acumulados da inflação.

 
 
   

Mas essas pautas não foram suficientes para afastar crises.

Ao longo das últimas semanas elas se sucederam no ‘quintal’ do Palácio da Redenção e terminaram apagando, politicamente, os anúncios apresentados.

A primeira crise foi iniciada pelo próprio governador João Azevêdo (PSB), ao falar sobre a sucessão de 2026. João desagradou o presidente da Assembleia, Adriano Galdino (Republicanos), gerando um impasse ainda não solucionado entre os dois.

Depois disso, o Ministério Público denunciou dois secretários estaduais por propina no caso Padre Zé. A informação caiu como uma ‘bomba’ e, até agora, a gestão estadual tem adotado o silêncio.

Faz de conta que não tem nada a ver com isso…

A inércia diante das denúncias, contudo, não impediu que o tema tomasse conta do noticiário. É que o pedido de instalação de uma CPI na Assembleia voltou à pauta do Tribunal de Justiça. E como o julgamento do pedido ainda não foi concluído, a perspectiva é de que o assunto indesejado (para o Governo) continue repercutindo.

No Tribunal de Contas do Estado (TCE) um processo que apura irregularidades no ‘Cartão-alimentação’, programa social mantido pela Secretaria de Desenvolvimento Humano do Estado, voltou a ser analisado. Os conselheiros mantiveram o débito de R$ 1,5 milhão por despesas não comprovadas. Mais uma dor de cabeça.

E até mesmo o aumento salarial anunciado surtiu muito efeito. Dias depois servidores da Segurança Pública foram às ruas e protestaram por melhores condições de trabalho e salários.

No fim das contas, a imagem que ficou dessa temática foi da Epitácio Pessoa lotada por policiais paraibanos, em um movimento que vem crescendo nas categorias ligadas à ‘pasta’.

Em resumo, a semana está terminando com uma agenda difícil de ser digerida pelo Governo. E as próximas? Alguém arrisca?

A conferir…